Pastor é proibido de falar da visão bíblica sobre homossexualidade a jovens detentos, nos EUA

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: segunda-feira, 17 de agosto de 2015 às 15:31
Jovem detento caminha para sua cela, nos Estados Unidos. (Foto: Reuters)
Jovem detento caminha para sua cela, nos Estados Unidos. (Foto: Reuters)

Um pastor do estado de Kentucky (EUA) foi destituído de seu direito de ministrar aos jovens de um Centro de Detenção Juvenil de Bowling Green sobre o uso da Bíblia, no início deste ano. A decisão do Estado veio depois que o ministro se recusou a assinar uma nova política que iria proibi-lo de se referir à homossexualidade como pecado.

Há 12 anos, o pastor David Wells, da Igreja Batista Pleasant View, em McQuady, tem apoiado jovens vítimas de abuso sexual no Centro Regional de Detenção Juvenil do condado de Warren.

Agora, o ministro irá processar o estado de Kentucky e conta com o apoio da associação 'Liberty Council', um escritório de advocacia cristã.

"Eles não o acomodaram e estão claramente tentando restringir um ponto de vista particular", disse Mat Staver, fundador e presidente da Associação ao 'Christian Post' na quinta-feira.

O escritório de advocacia enviou uma carta ao Departamento de Justiça Juvenil em julho, exigindo que Wells fosse reintegrado, mas o pedido foi negado.

Staver, que apoia o ministério que Wells exercia no Centro de Detenção, acredita que a ação judicial contra o Estado de Kentucky é o próximo passo lógico para este caso. Ele também discutiu a natureza do ministério de seu cliente e por que como é importante ter o direito de livre expressão ao lidar com jovens infratores.

"Em um caso particular, havia um menino que estava abusando sexualmente de sua irmã e acabou matando-a. Ele é uma das pessoas atendidas por Dave Wells. Mas ele não poderia dizer ao jovem é possível mudar. Há outros que foram abusados por pessoas do mesmo sexo, assim como o próprio Dave foi, quando era jovem. Então, ele sabe a dor e os danos que estes abusos causam", disse Staver.

"Muitas vezes estes homens ou mulheres jovens culpam a si mesmos, por mais que a culpa não seja deles. E eles se perguntam se há alguma esperança para eles. Dave é capaz de dar-lhes alguma esperança. Mas agora o Estado de Kentucky prefere que estes jovens permaneçam em suas cadeias, em cativeiro, sem dar-lhes a liberdade, e Dave não pode simplesmente assinar algo que exigiria que ele fique em silêncio", acrescentou Staver.


Incoerência

Se Wells tivesse cumprido com os novos termos do Centro de Detenção, ele poderia se referir sobre versículos para os presos, mas ele não poderia ler a Bíblia para eles ou dizer qualquer coisa sobre os versos bíblicos.

Staver disse que a nova estipulação não é apenas "inconsequente", mas é uma violação dos direitos da Primeira Emenda, à qual Wells também tem acesso, como cidadão.

"Se uma menina ou um menino pergunta a ele 'há alguma esperança para mim?', a única coisa que ele pode fazer é escrever um versículo. E se alguém diz 'bem, eu não tenho uma Bíblia', ou 'o que isso significa?', ele não pode responder", explicou Staver.

O Departamento de Justiça Juvenil disse que instituiu esta nova política, a fim de "promover uma cultura aberta e inclusiva" e para evitar que jovens homossexuais se sintam abusados ou denegridos.

No entanto, durante os seus 12 anos de serviço para o Centro de Detenção, nunca houve uma reclamação sobre Wells ou seu trabalho, de acordo com Staver, que acredita que o ataque ao ministério é o primeiro de muitos que virão após a Suprema Corte dos EUA ter decidido que as proibições estaduais contra o casamento do mesmo sexo são inconstitucionais.

"É um resultado do presente parecer imprudente de cinco advogados no Supremo Tribunal que inventou algo, tal qual um novo chamado direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, sem qualquer autoridade constitucional", disse Staver. "Eu acho que mais e mais pessoas vão perceber o impacto dessa opinião e eu acho que eles estão recuarão um pouco mais".

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