Pastor é sequestrado após realizar evangelismo, na Nigéria

O pastor foi levado para um local afastado e ainda não há informações sobre seu estado.

Fonte: Guiame, com informações do Gospel HeraldAtualizado: quinta-feira, 10 de agosto de 2017 às 17:12
O motorista disse que o pastor estava orando alto no momento do sequestro. (Foto: Reprodução).
O motorista disse que o pastor estava orando alto no momento do sequestro. (Foto: Reprodução).

Um grupo de pastores de etnia Fulani, que estava armado, sequestrou um líder cristão enquanto ele e seu motorista estavam viajando, na última sexta-feira (4). As informações são do próprio motorista que mesmo ferido conseguiu escapar e contar tudo ao site Morning Star News.

O Rev. Jen Tivkaa Moses e Yohanna Maina, seu motorista, estavam indo para Abuja de Jos para participar de um seminário da igreja no dia seguinte, quando os Fulanis armados os pararam na rodovia Kafanchan-Kwoi-Bwari, perto da aldeia de Jere. Ele era conhecido por evangelizar na região e mobilizar os membros de sua congregação a fazer o mesmo. Tal ação chamou atenção dos fazendeiros Fulani.

Maina disse que o pastor, diretor do Departamento de Educação Cristã da Igreja Evangélica Winning All (ECWA), estava orando alto no momento do sequestro. A cena seguinte seria de homens apontando armas para ele. Funcionários da igreja disseram que os sequestradores exigiram um resgate de 1 milhão de naira (aproximadamente 8.606 reais).

"Estou feliz por ter sobrevivido a essa provação, e oro para que o pastor saia vivo", disse o motorista. "Enquanto os homens armados nos levaram para o mato, Moses estava orando muito alto e eles não gostavam disso. Então começaram a bater nele e a ameaçá-lo", contou.

Baleado

Maina e o pastor passaram por um ponto de controle da polícia e estavam se aproximando de outro quando ouviram tiros. Seu carro e o veículo que estava na frente deles foram alvos de disparos. Uma bala chegou a atravessar seu pára-brisa dianteiro atingindo o líder cristão na coxa. “Estava tão escuro que ele nem sabia que estava sangrando”, disse.

Os pistoleiros mandaram que eles deixassem o carro e Maina disse que viu corpos mortos do outro lado do veículo. Um grupo de homens armados conduziu os ocupantes do outro carro em uma direção diferente. Os pistoleiros perguntaram a ele e ao pastor qual dos dois era o chefe e o pastor contou. "Nós percebemos que os pistoleiros armados eram pastores Fulani", ressaltou.

Deixando seu carro para trás, três dos Fulanis forçaram o pastor e o motorista a atravessar o deserto por horas, parando para descansar à meia-noite, enquanto quatro permaneceram na estrada. Quando notaram que Maina havia sido ferido, eles pediram a um outro grupo de homens armados que encontraram lá para levá-lo embora.

Em determinado momento, os sequestradores deixaram que Maina fosse sozinho para o carro, mas o motorista lembrou que deixou as chaves com o pastor. Mesmo assim, continuou andando na esperança de encontrar alguém para ajudá-lo, mas nenhum veículo parou para ele.

Saída

"Viajei por cerca de duas horas até chegar em uma aldeia onde encontrei jovens. Eu disse a eles como fomos sequestrados e como eu havia chegado na aldeia. Os jovens estavam desconfiados e receosos quando me encontraram com feridas". O motorista conseguiu chegar em um hospital onde recebeu tratamento.

Quando a Morning Star News visitou a sede da ECWA em Jos na segunda-feira (7), líderes e funcionários da igreja estavam realizando vigílias de oração na sala de conferências do pastor. Funcionários da ECWA disseram que os sequestradores contactaram a esposa do pastor e o contador no escritório da igreja para fazer o pedido de resgate. Os pastores Fulani predominantemente muçulmanos lançaram numerosos ataques contra cristãos no norte e centro da Nigéria. Os cristãos compõem 51,3% da população da Nigéria, enquanto os muçulmanos, que vivem principalmente no norte e no meio, representam 45%.

A Nigéria ocupa o 12º lugar na lista de países do Portas Abertas, onde os cristãos sofrem mais perseguições.

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