Pastor em Uganda é morto pelos parentes por não negar a Cristo

Adinani Bulwa pregou o Evangelho corajosamente a seus familiares, mas os que eram muçulmanos radicais se ofenderam.

Fonte: Guiame, com informações de Morning Star NewsAtualizado: quinta-feira, 30 de março de 2023 às 12:56
Cristãos e aldeões vão até o local onde o pastor Bulwa foi assassinado. (Foto: Reprodução/Morning Star News)
Cristãos e aldeões vão até o local onde o pastor Bulwa foi assassinado. (Foto: Reprodução/Morning Star News)

O pastor Adinani Bulwa, 42 anos, morava em Lira desde 2016, uma cidade localizada na região Norte de Uganda, onde tinha um comércio bem sucedido com sua família, na produção de milho. 

A família era muçulmana mas, em janeiro de 2019, secretamente, se converteu ao cristianismo. Bulwa chegou a ser nomeado pastor e discipulava outros ex-muçulmanos em sua igreja. 

Tudo ia bem até que, em dezembro passado, muçulmanos radicais viram o pastor com sua família e a notícia sobre sua conversão se espalhou pela cidade.  

Ameaçados de morte por causa de Jesus

“Desde dezembro de 2022, os muçulmanos passaram a fazer ameaças de morte se continuássemos faltando à mesquita”, disse  Zabiina Newumbwe, a esposa de Bulwa.

“À medida que as ameaças aumentavam, meu marido decidiu que deixaríamos Lira e voltaríamos para nossa casa na vila de Muterere”, continuou. E foi o que aconteceu, em janeiro eles partiram.

Já em Muterere, eles passaram a fazer cultos no lar. Alguns parentes muçulmanos ficaram de olho no movimento e não gostaram. Eles estavam descontentes porque em fevereiro, o casal havia pregado o Evangelho para alguns membros da família.

De acordo com Zabiina, 4 parentes abandonaram o islã para seguir o cristianismo. O primogênito da família — irmão mais velho de Bulwa — ficou irado e disse que eles deveriam “parar de enganar os muçulmanos”. 

‘Pronto para morrer por amor a Cristo’

“Duas semanas depois, meu marido foi convidado para uma reunião de família, na casa de seus pais, onde foi pressionado a renunciar à fé cristã, mas ele disse que estava pronto para morrer por amor a Cristo”, ela compartilhou. 

Em 10 de março, por volta das 21h30, vários parentes muçulmanos chegaram em frente à casa deles, furiosos e gritando, conforme Zabiina relatou.

“Eles ficavam dizendo: 'Somos uma família muçulmana e Alá é nosso Deus'. Ficamos abalados. As crianças e eu nos escondemos no quarto. Bulwa estava na sala de estar”, disse.

O grupo invadiu a casa e levaram Bulwa: “Ouvimos um grito alto e ficamos escondidos em casa, com medo. Meu marido não voltou. Pedi ajuda a um vizinho cristão e encontramos o corpo de Bulwa caído, seminu. Eu não consegui controlar minhas emoções, eu só gritei e, depois disso, desmaiei devido ao choque”. 

O pastor tinha um corte profundo na testa, um pano em volta do pescoço indicando que ele havia sido estrangulado e cortes no pé esquerdo.

Minoria muçulmana continua a atacar cristãos em Uganda

Centenas de cristãos foram ao local. A família do pastor o enterrou às pressas. Membros da família disseram que Zabiina seria morta caso revelasse quem matou seu marido.

O pastor Bulwa deixou a esposa e cinco filhos com idades entre 4 a 16 anos. Eles estão escondidos desde sua morte, na casa de um amigo.

“As crianças e eu vivemos com muito medo dos parentes. Agora nossa segurança está em jogo. Tivemos que buscar ajuda em outro lugar. Precisamos de orações para que Deus possa nos guiar sobre o que fazer daqui em diante”, ela concluiu. 

Esse foi o ataque mais recente de  muitos  casos de perseguição de cristãos em Uganda, documentados pelo Morning Star News.

A constituição do país e outras leis prevêem a liberdade religiosa, incluindo o direito de propagar a própria fé e converter-se de uma fé para outra. Mesmo assim, os muçulmanos que representam não mais do que 12% da população, agem violentamente contra aqueles que abandonam o islã para seguir a Cristo. 

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