Em muitos países, como o Brasil, chefes de Estado, reis ou presidentes podem realizar atos de perdão, mais conhecidos como “indultos”. O pastor Joel Engel falou na terça-feira (26) sobre um perdão ainda mais elevado — aquele que é dado aos pecadores por meio da graça de Deus.
“A graça é o recurso que Deus utiliza para salvar a humanidade”, explicou Engel em culto. “A graça é o fundamento da salvação.”
Afinal, o que é graça? No meio evangélico, a graça costuma ser definida como “um favor imerecido”. Joel Engel concorda com essa definição, mas acredita que o conceito de graça é muito mais profundo.
“A graça não é só ‘um favor imerecido’, mas também aquilo que protege sua vida. Dentro do contexto bíblico, a palavra graça é muito mais ampla do que ‘favor imerecido’. A graça sempre esteve presente na vida dos filhos de Deus, pois é ela que ‘protege nossas vidas’”, explica o pastor.
Para entender melhor, Engel aponta para o significado grego da palavra: graça vem de karis, que significa “favor benevolente, amoroso, espontâneo e imerecido de Deus para com os homens”.
Já no hebraico, a palavra “graça” é ןֵ ח, que transliterada é chên. A palavra chên é formada por duas consoantes: a letra ‘chêt’ e a letra ‘num’. A letra ‘chêt’ significa ‘cerca, guardar, proteger’ e a letra ‘num’ representa ‘vida, vigor’.
Ou seja, no hebraico, a palavra graça (chên) significa “aquilo que protege sua vida”.
De forma prática, o pastor lembra que o decreto da graça de Deus abrange não só o presente, mas o passado e o futuro.
“A misericórdia pode salvar a vida de uma pessoa, mas a graça faz mais do que isso”, afirma. “A graça vai além da anistia, do indulto e do decreto de liberdade.”
Ele continua: “A misericórdia é um ato presente, mas a graça atinge seu passado e seu futuro: ela lava os seus pecados, apaga as suas dívidas e não deixa nenhuma prova contra você. Ela lava as suas vestes, te dá novas roupas e te deixa puro. No futuro, a graça te torna uma pessoa muito melhor do que antes.”
Misericórdia e Compaixão
Embora a graça seja um conceito mais amplo, o pastor lembra que a misericórdia e a compaixão são elementos dela.
“A palavra compaixão vem do latim compassio, que significa o ato de partilhar o sofrimento de outra pessoa. É se colocar no lugar do outro”, explica. “Jesus foi movido por íntima compaixão. A compaixão é essencial na vida de um intercessor.”
Engel ensina ainda que o objetivo principal da graça de Deus é salvar o homem, mas o que foi dado como favor imerecido, teve um alto custo. “O preço da graça para nós é de graça, mas para Jesus custou muito caro: o sangue do Cordeiro”, afirma.
Quem pode receber a graça de Deus? Quem crer em Jesus como seu Senhor e Salvador, responde Engel. “O decreto de perdão de um presidente não pode ser revogado, mas é questionado quanto à abrangência. Já o decreto de Deus jamais pode ser revogado ou questionado, pois é inviolável, irreversível. Esse decreto está selado no sangue de Jesus!”
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