Pastor orienta a levar as primícias do novo ano a Deus: “É um ato de adoração”

Joel Engel fala sobre a Lei das Primícias e a necessidade de colocar Deus em primeiro lugar.

Fonte: Guiame, Luana NovaesAtualizado: quarta-feira, 29 de dezembro de 2021 às 17:50
(Foto: Unsplash/Paz Arando)
(Foto: Unsplash/Paz Arando)

O novo ano começa cheio de expectativas e novas metas, mas o pastor Joel Engel destaca a importância de entregar as primícias de 2022 a Deus. Em entrevista ao Guiame, ele explica que separar a primeira parte de tudo para Deus “é um ato de adoração”. 

“Entregar ao Senhor as primícias é dar a Ele honra. É distingui-Lo. É demonstrar o lugar especial que Ele ocupa em nossas vidas. Deus quer ser o primeiro em nossas vidas”, afirma o pastor.

Engel lembra que o primeiro culto de primícias descrito na Bíblia está em Gênesis, com Caim e Abel. Os dois apresentaram ofertas a Deus — Caim apresentou alguns frutos do solo, enquanto Abel ofereceu as primícias e a gordura de seu rebanho. Deus rejeitou a oferta de Caim, mas aceitou a de Abel.

“Havia instruções específicas a respeito de como deveria ser aquele culto, porque Deus não iria cobrar algo de Caim sem antes dar um mandamento. E a instrução foi: leve a primícia a Deus”, explica Engel.

Mais adiante, depois do êxodo do Egito, os israelitas receberam uma ordem: “Quando vocês entrarem na terra que lhes dou e fizerem colheita, tragam ao sacerdote um feixe do primeiro cereal que colherem.” (Levítico 23:10)

“Os israelitas receberam do próprio Deus a ordem de consagrarem a Ele os primeiros frutos do ventre de suas mulheres, do ventre de seus animais, e também dos frutos da terra. Na hora da colheita, o primeiro feixe pertencia a Deus e deveria ser apresentado pelo sacerdote perante o Senhor”, observa Engel.

Primícias do tempo

As primícias estão relacionadas ao salário (como, por exemplo, o princípio do dízimo e ofertas), à família, ao trabalho e também ao tempo.

“Quando eu acordo de manhã, eu dou os primeiros minutos para Deus. Eu não me levanto antes de glorificar a Deus e entregar meus primeiros pensamentos a Ele. Esse também é um hábito do povo de Israel — a primeira oração que eles fazem é de gratidão pela vida”, comenta.

O pastor também destaca que, junto com sua igreja, tem o costume de dedicar a Deus os primeiros minutos do ano. “Tudo o que é primeiro deve ser para Deus. Esse hábito de dar o primeiro a Deus também faz com que Deus coloque a pessoa em primeiro lugar”, afirma.

A aplicação da Lei das Primícias não é somente financeira, ou literal, mas também simbólica, pois somos chamados de “primícias”.

A Bíblia está repleta de histórias de pessoas que mantiveram Deus em primeiro lugar em suas vidas. “Abraão se dispôs a sacrificar o seu próprio filho, mas não se atreveu a deixar de dar a Deus o primeiro lugar”, observa o pastor.

O mesmo fez Deus, que entregou como sacrifício o seu primeiro Filho, a Sua primícia. “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo as primícias dentre aqueles que dormiram.” (1 Coríntios 15:20)

Por fim, o pastor Joel Engel lembra da seriedade deste princípio bíblico: “A prática da Lei das Primícias (ou falta dela) sempre traz consequências espirituais. Honrar ao Senhor com a entrega das primícias traz bênçãos, mas brincar com Deus no tocante a isso gera juízo.”

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