Eles estavam chegando ao oitavo aniversário de casamento. Mas para Claudette e Leonard Himes, esse marco poderia nunca chegar. No dia 16 de março, Claudette começou a sofrer de uma febre que atingia mais de 38 graus e não diminuía nem com medicamentos. Então o contadora de 63 anos começou a ter problemas para respirar. Foi quando Leonard a levou ao hospital.
Após ser examinada, Claudette testou positivo para COVID-19, e o caso dela se mostrou grave. A vida de Claudette estava em perigo.
Os médicos decidiram transferi-la para a UTI e colocá-la em um respirador para ajudá-la a lidar com a falta de ar. A partir de então, Leonard não poderia mais estar ao lado de sua esposa para orar com ela e incentivá-la. Mas antes que mudassem Claudette de quarto, ele disse à Fox 5-News que rapidamente fez uma oração.
"Orei com ela, disse que a amava e que confiaríamos em nosso Senhor e Salvador para curá-la", lembra ele.
Leonard não veria Claudette novamente por 18 dias. Mas o casal diz que foi esse vínculo de fé em Jesus Cristo que os manteve firmes naquele período difícil.
Eles se conheceram na igreja anos antes e Leonard agora servia como pastor associado na Igreja Batista Missionária Beulah, nas proximidades de Decatur. Servir a Deus e servir aos outros era a vida deles juntos. Agora a fé deles estava sendo provada.
"Ele me conta as histórias do quão ruim foi esse período", diz Claudette. "Foi alucinante".
Onze dias se passaram e Claudette não estava melhorando. Na verdade, ela estava ficando muito pior.
Desenganada pelos médicos
Leonard diz à CBN News que houve um momento em que recebeu notícias realmente devastadoras. O médico disse a ele que Claudette estava com pneumonia de alto grau, com os pulmões congestionados e que seria hora deles adotarem cuidados paliativos para discutir as últimas decisões e essencialmente falar sobre "quando desligar os aparelhos".
Naquela noite, ele pediu à enfermeira da UTI e ao capelão que instalassem um tipo de babá eletrônica na cama de Claudette, para que ele pudesse falar com ela. Pelo o que ele havia sido informado, aquela poderia ser sua última chance de fazê-lo. Ela estava inconsciente, mas ele sentiu que ela podia ouvi-lo. Então, ele leu o Salmo 91 para ela, como havia feito muitas vezes desde que ela ficou doente.
“Pude ler a Bíblia para ela e orar por ela, fazê-la saber que tudo ficaria bem”, diz Himes.
Clamando por um milagre
Voltando para sua casa naquela noite, Leonard estava com o coração partido. Ele disse à CBN News que não dormiu a noite toda. "Orei durante a noite, chorando e clamando a Deus."
Mas ao ver o sol nascer naquela manhã, de alguma forma Leonard sentiu paz.
"Eu não sabia se aquela paz significava que minha esposa estaria com Ele ou que Deus faria algo para curá-la. Mas eu senti paz”, contou.
Mais tarde naquela manhã, o pastor estava em casa conversando via teleconferência com a equipe médica de cuidados paliativos e outros membros da família, quando ele começou a receber outra chamada pelo telefone de sua esposa que havia sido deixada no hospital.
Como o assunto pela teleconferência era urgente, ele dispensou a chamada e continuou a falar com os médicos. Mas quem estava ligando era persistente e continuou ligando. Ele não conseguia imaginar o que poderia ser. Certamente, se algo tivesse acontecido com Claudette, seus médicos com quem ele já estava conversando saberiam o que estava acontecendo.
Nesse momento, ele pediu que sua cunhada ligasse para o telefone de Claudette. Uma enfermeira atendeu e deu à irmã da paciente notícias incríveis. De repente, sua cunhada entrou correndo na sala onde estava Leonard e contou o que acabara de ouvir da enfermeira.
"E ela entrou correndo e disse: 'Claudette está sentada na cama, sem os tubos e respirando sozinha'", contou o pastor.
"Você recebeu um milagre"
A equipe médica que ainda estava na teleconferência ficou em silêncio ao ouvir Leonard gritar e louvar a Deus por Claudette ter sido curada.
Por fim, um dos médicos que ainda estava na teleconferência disse: "Leonard, parece que você recebeu um milagre".
Alguns dias depois, cercada por suas enfermeiras, Claudette comemorou seu 63º aniversário.
"Vocês podem o que é celebrar um um aniversário logo após alguém lhe dizer que talvez você não vá conseguir", disse ela. "E respirar o ar de Deus? Oh, meu Deus, sou apenas abençoada".
Claudette voltou para casa no último domingo, 3 de abril, para continuar o tratamento. Assim, Leonard, vestido com equipamento de proteção, tem ajudado a esposa em casa com exercícios terapêuticos para recuperar suas forças. Ela está indo bem agora e Leonard afirma que a esposa está quase 100%.
O homem de branco e o milagre
Quando estava em casa, Leonard decidiu não contar a Claudette todos os detalhes imediatamente de como ela estava doente e que houve uma discussão sobre cuidados paliativos. Ele queria esperar até que ela estivesse mais forte.
Então, cerca de dez dias depois que ela chegou em casa, Leonard decidiu que era hora de contar a ela. Ele contou à esposa como sua condição tinha sido terrível. E então Claudette disse a ele algo que ela vivenciou e que os deixou ainda mais admirados.
"Claudette me disse que havia um homem na sala de jaleco branco", lembra Leonard.
Ainda está tudo confuso para Claudette. Ela não tem muita certeza de quando isso aconteceu.
"Não sei a ordem exata de quando vi o homem de jaleco branco, se ainda estava dormindo ou acordando, ou se era depois. Mas as máquinas na sala estavam disparando. Eu pensei que o homem estava lá para desligá-las. Lembro-me de que ele me perguntou se eu ficaria inteira”, contou ela.
Uma enfermeira entrou na sala. O homem de jaleco branco saiu. Claudette assumiu que ele era um médico. Mas havia um detalhe estranho que Claudette se lembra dele que a faz questionar isso agora. Algo bastante inédito ao lidar com pacientes com COVID-19.
"Ele não estava usando roupas de proteção", disse ela.
Eles não entendem isso. Eles não conseguem explicar. O médico de Claudette disse a eles que não havia como explicar clinicamente o que aconteceu. Mas Leonard diz que, enquanto ele estava ao telefone falando sobre a morte, esse foi o momento em que a vida e a cura voltaram para Claudette. Leonard e Claudette acreditam que Deus respondeu às suas orações com nada menos que um milagre.
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