Pastores apontam para o crescimento de movimento LGBT nas igrejas: “O tema é urgente”

Josué Gonçalves e Estevam Fernandes observam o grande número de jovens cristãos se declarando homossexuais.

Fonte: Guiame, Cris BeloniAtualizado: quarta-feira, 27 de julho de 2022 às 12:48
Pastores Josué Gonçalves e Estevam Fernandes. (Foto: Reprodução/Montagem/Redes Sociais)
Pastores Josué Gonçalves e Estevam Fernandes. (Foto: Reprodução/Montagem/Redes Sociais)

“Há um número grande de homossexuais na igreja”, disse o pastor Josué Gonçalves — terapeuta familiar e líder da Igreja Família Debaixo da Graça — através de vídeo postado em seu Instagram “Pastor Discipulando Pastor”, na última segunda-feira (25).

Ele explica que não se refere aos novos convertidos que já chegaram à igreja com essa prática, mas dos jovens que já a frequentavam. “São os filhos de famílias da igreja que, de repente, se declararam homossexuais”, esclareceu. 

O pastor e psicólogo, Estevam Fernandes, presente no mesmo evento, descreveu o tema como “contemporâneo e urgente” e compartilhou sobre uma questão ocorrida na igreja onde ele é pastor presidente — Primeira Igreja Batista de João Pessoa.

“Ainda não sei o que fazer”

Ele compartilhou que, em sua igreja, há um grupo de dança e coreografia feminina chamado “Corpo e Luz”. Disse que um senhor começou a frequentar a igreja porque a filha se engajou com o grupo e com as jovens através de cultos online, durante a pandemia. 

“O pai [novo convertido], que é um empresário da cidade, ficou tão feliz que começou a levar a filha para os ensaios, mas percebeu diferença no comportamento dela”, relatou.

“Resumindo, o pai teve acesso ao celular da filha e descobriu que havia um grupo de umas quatro meninas que tinham encontros lésbicos no banheiro da igreja”, continuou.

O pastor, que lamenta o ocorrido, disse ainda que a resposta da menina ao pai foi a seguinte: “Eu não era assim, eu aprendi na igreja”. O pai o procurou pedindo ajuda e ele respondeu com sinceridade: “Eu não sei o que fazer, mas vou orar e vamos construir um caminho”.

Qual o caminho?

Conforme o pastor Estevam, o caminho não é de exclusão, condenação ou desprezo, mas de reflexão. “Ainda não sei o que fazer, é muito recente. Só sei que foi na minha igreja e não posso negar”, se abriu. 

Além desse caso, o pastor ainda relatou que um jovem do louvor, que toca violão e que ele descreveu como “uma bênção”, o procurou para dizer: “Pastor, eu decidi sair do armário. Eu sou gay e estou apaixonado por um rapaz aqui da própria igreja”. 

O jovem “entregou o ministério” dizendo que está ciente de que o pastor não concorda com a prática e que ele não pode continuar nessa “esquizofrenia comportamental”. 

Realidade que atinge a maioria das igrejas

“É por isso que eu ministro muito aos pais e venho insistindo para que estejam mais presentes na vida dos filhos, para que se antecipem a um problema como este”, compartilhou o pastor Josué Gonçalves. 

O pastor acredita que a homossexualidade pode estar relacionada, muitas vezes, com a ausência da figura paterna. 

Ele vem alertando as famílias, há vários anos, dizendo que a ideologia de gênero deve ser um tema abordado pelos pastores. “É importante, urgente e necessário”, disse ao relacionar um texto bíblico em Romanos 1.25-28, onde Paulo diz que “a verdade de Deus foi trocada pela mentira”. 

A ideologia de gênero, segundo o pastor, está colocando “nossos filhos e netos em risco”, além de ser uma “grande articulação para destruir a família”. Além disso, ele aponta para uma grande trama internacional. 

Ele relaciona ainda os divórcios, uniões livres, aborto, produção independente, preservativos para o sexo seguro e a pornografia. “Frutos de uma sociedade mergulhada na cultura do prazer. Essa desordem moral está desabando sobre as famílias”, concluiu. 

 

 

 

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