Pastores desaprovam medidas da FIFA contra expressão religiosa

A Associação de Pastores Evangélicos do Paraguai (APEP) emitiu nota oficial, no dia 8 de junho, desaprovando as normas da FIFA sobre as proibições de manifestações religiosas na Copa do Mundo da África do Sul. Para os pastores, as normas, que incluem orações e camisas alusivas à fé do jogador, são preconceituosas e atentam contra a liberdade religiosa e de consciência, direitos garantidos nas Constituições Nacionais de países dos cinco continentes.

No comunicado, a APEP, que reúne quase 1.800 pastores evangélicos, informou que tomou a postura "após receber correspondências e ligações telefônicas de diferentes países, nas quais expressam a preocupação pela suposta proibição de orar ou mostrar camisas durante o Mundial da África do Sul". O documento menciona ainda que "tal proibição é atribuída ao presidente da FIFA, Joseph Blatter", que, segundo o texto, "teria manifestado que manifestações religiosas como a oração incentivam a violência". A Associação sustenta que "a oração nunca foi motivo para incentivar a violência e que a mesma incentiva a amizade, a fraternidade, a unidade, a tolerância e a paz".

Finalmente, os pastores evangélicos paraguaios, cujo país participará pela quarta vez consecutiva de um Mundial, solicitaram "encarecidamente" às autoridades da FIFA, caso as denúncias que fazem sejam verídicas, que deixem sem efeito as supostas proibições da oração e expressão de fé durante a competição.