Pastores falam sobre impacto do dia do jejum no Brasil: “É coisa que só Deus pode fazer”

No final da tarde de domingo (5), o presidente Jair Bolsonaro esteve na porta do Palácio da Alvorada onde recebeu oração de pastores.

Fonte: GuiameAtualizado: segunda-feira, 6 de abril de 2020 às 14:11
O presidente Jair Bolsonaro na porta do Palácio da Alvorada recebe oração de líderes religiosos no final da tarde de domingo (5). (Foto: Reprodução/Canal Bruno Christian)
O presidente Jair Bolsonaro na porta do Palácio da Alvorada recebe oração de líderes religiosos no final da tarde de domingo (5). (Foto: Reprodução/Canal Bruno Christian)

O Brasil teve, pela primeira vez em sua história, um dia de jejum e oração proclamado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, como resposta ao surto de coronavírus no país.

“Para aqueles que têm fé e acreditam, domingo é o dia do jejum”, disse o presidente em vídeo disseminado nas redes sociais.

Para diversos pastores que aprovaram a convocação presidencial, o ato tem respaldo bíblico. Eles citam como exemplo a rainha Ester e o rei Josafá, que diante de situações difíceis convocaram a nação para jejuar e orar a Deus.

No final tarde de domingo (5), o presidente recebeu orações de pastores do lado de fora do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República.

Muitos líderes cristãos brasileiros se pronunciaram sobre o movimento do jejum. Embora os pastores tenham visões diferentes sobre a origem e até os motivos espirituais da pandemia, eles concordam que o surto deve ser combatido também com orações.

A igreja Bola de Neve fez 24 horas de jejum e oração, com intercessão alternada entre seus pastores de todo o país, em lives, que ocuparam o canal oficial da igreja no Instagram até a madrugada de segunda-feira (6).

Para o Pr. João Gonçalves, fundador da Marcha Para Jesus no Brasil e coordenador da Jornada Nacional de Oração pelo Brasil na Esplanada dos Ministérios, o que aconteceu “É coisa que só Deus pode fazer”.

 No final da tarde, o pastor foi fazer a "Caminhada de Oração pelo Brasil" e acabou orando pelo presidente junto com outros pastores na porta do Palácio.

Bolsonaro disse que na presidência, a “cruz é pesada, mas vamos carregar juntos”.

Antes de orar, o Pr. João Gonçalves recitou parte do Salmo 89 para o presidente. “A minha bondade e a minha fidelidade sempre hão de te acompanhar, e em meu nome crescerá o seu poder”, disse o pastor a Bolsonaro, antes de fazer uma oração pelo presidente com base no Pai Nosso.

Buscar a face de Deus

O pastor presbiteriano Hernandes Dias Lopes disse que num “momento dramático como esta crise de coronavírus que o Brasil atravessa, atingindo todas as classes religiosas, todas as faixas etárias, todos os credos religiosos, é necessário que todos nós busquemos a face de Deus e invoquemos a Deus”.

Com uma visão mais política, o pastor Joel Engel diz que “o coronavírus é um Cavalo de Troia plantado no Brasil para que os inimigos da pátria aproveitem a crise para tomar o poder”. Ele diz que a maior praga hoje não é o coronavírus, mas sim “os aproveitadores que querem usar a pandemia para derrubar nosso presidente e assumir o poder”.

Para combater a situação alegada, o pastor do Rio Grande do Sul diz que a Igreja precisa apoiar o presidente. Engel diz que Bolsonaro tem uma couraça de Deus e foi levantado para essa hora, pois ele tem peito para lutar e falar contra os comunistas. “Nós também vamos levantar um clamor por nossa primeira dama, para que ela se manifeste no seu chamado de fazer missões. Esse é o tempo de avivamento!”

O pastor e deputado federal Roberto de Lucena, da Igreja O Brasil para Cristo, apoiou o dia de jejum e oração. “Num domingo como este, há mais de 2 mil anos, o Senhor Jesus entrou em Jerusalém montado numa jumentinha emprestada, e foi saudado por uma multidão que acenava com ramos e estendia seus mantos diante dele. Bendito é o que vem em nome do Senhor, diziam eles. Hoje grande parte de nós, cristãos desse país estamos unidos em oração para que Deus abençoe o Brasil”.

Luiz Hermínio, líder do Mevam (Missões Evangelísticas Vinde Amados Meus), cuja sede é em Itajaí (SC), foi quem pediu publicamente para que Bolsonaro convocasse um jejum nacional durante transmissão do culto online no domingo (29).

O pastor disse que outros presidentes na América Latina estavam chamando seus países à oração, como a Guatemala. “As circunstâncias nos empurram para o propósito”, disse.  

O Pr. Josué Brandão, da Assembleia de Deus Cristianismo sem Fronteiras, de Feira de Santana (BA), aprovou a convocação feita pelo presidente. “É a primeira vez no Brasil que nós temos uma autoridade maior convocando a nação para um dia de clamor”, disse o pastor, chamando suas igrejas para participar de uma hora de oração no domingo.

Líderes de outras denominações participaram da convocação, entre eles, Silas Malafaia, Márcio Valadão, Valdemiro Santiago, R.R. Soares, Hernandes Dias Lopes, Robson Rodovalho, que aparecem em uma propaganda em vídeo sobre o evento.

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