Pastores são presos por pregarem o Evangelho no Sudão: “Que crime cometemos?”

Cinco pastores foram presos na semana passada por 'perturbar a paz' dos muçulmanos.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quarta-feira, 1 de novembro de 2017 às 15:11
O país de maioria islâmica viu pelo menos quatro igrejas cristãs fechadas em Cartum. (Foto: Reprodução).
O país de maioria islâmica viu pelo menos quatro igrejas cristãs fechadas em Cartum. (Foto: Reprodução).

Pastores no Sudão estão falando contra as prisões de cinco líderes de igreja na semana passada por supostamente "perturbar a paz". Eles dizem que os cristãos estão sendo punidos pelo governo por pregar aos muçulmanos e viver o Novo Testamento.

"O governo está usando o tribunal de justiça para perseguir os cristãos que são pacíficos no cumprimento de seu mandato como dito no Novo Testamento. Depois de passar 14 meses em uma prisão em Cartum, fui solto este ano, em janeiro, por falta de provas. Fui preso de novo neste domingo por razões infundadas", disse o pastor Christian Kuam Shamal, que foi preso em várias ocasiões sem acusação.

Sua declaração foi dada a International Christian Concern (ICC) que divulgou o comunicado na última segunda-feira.

A ICC, um grupo de vigilância sobre a perseguição que relata ataques contra cristãos em todo o mundo, disse que os cinco líderes da igreja são todos da Igreja sudanesa de Cristo e inclui o Rev. Ayoub Matin, o evangelista Habail Abraham, o Rev. Ali Haakim, o Pastor Ambrat Hammad e o ancião Abdo Elbaya.

"Por que o governo nos obriga a entregar a liderança da igreja a um comitê seleto? Que crime cometemos?" Shamal perguntou. Já o Rev. Ayoub Tiliyan, presidente do SCOC, explicou que a perseguição aos cristãos vem aumentando este ano no país africano.

"É muito perturbador ver que o governo o qual obedecemos, oramos e pagamos impostos está assediando membros da sociedade apenas porque pertencem a uma fé diferente", disse Tiliyan. "Esta tornou-se a norma ao longo dos anos, com ameaças aumentando nos últimos três anos. Várias igrejas foram demolidas, pastores presos e evangelistas foram advertidos contra a pregação do Evangelho aos muçulmanos", ressaltou.

Igrejas fechadas

O país de maioria islâmica viu pelo menos quatro igrejas cristãs fechadas em Cartum até o momento, com o governo planejando demolir outras 20 casas de culto. O SCOC, que faz parte de uma denominação reformada, foi alvo de várias investidas, com outros sete líderes cristãos presos em outro incidente.

Os pastores foram mantidos presos pelo fato de recusarem cumprir uma ordem de uma agência governamental, exigindo que desistissem da liderança da igreja. Mais tarde, os pastores foram libertados sob fiança, com Shamal dizendo ao Morning Star News que os cristãos continuarão a se opor contra o governo que quer destruir as igrejas.

Outras instituições de caridade informaram que crianças cristãs do sul do Sudão, que estão em campos de refugiados, estão sendo obrigadas a recitar orações islâmicas em troca de alimentos. "Nós ouvimos histórias em que as crianças estão condicionadas a dizer orações islâmicas antes de receberem alimentos. Isso não é certo. Essas crianças são cristãs. Elas devem ser respeitados por isso", disse a fonte da ACN em setembro.

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