Depois de um ataque no leste da Índia, no qual um cristão foi gravemente ferido, a polícia e os hindus locais firmaram um "acordo", sem participação dos membros da igreja, impedindo efetivamente os cultos de adoração. Os cristãos foram intimidados a assinar o acordo.
Como resultado, na aldeia de Abasing, no distrito de Gajapati, estado de Odisha, os cultos de domingo cessaram, após o ataque do dia 18 de junho, que aconteceu em uma reunião de adoração. Uma multidão de homens e mulheres hindus iniciaram o ataque, disse um líder da igreja.
"Não houve culto no último domingo, e neste domingo também não podemos adorar", disse o Pastor Samuel Karjee para o site Morning Star News. "Eu não posso dizer o quão seco e estéril nos sentimos. Nossos corações anseiam por orar e adorar juntos".
Cerca de 30 mulheres hindus entraram na casa onde a congregação vinha se reunindo por seis meses. Elas quebraram as entradas da frente e de trás e arrastaram 12 dos cristãos que estavam presentes.
Espancamento
"Nós fomos arrastados, e havia mais de 300 aldeões hindus esperando nos vencer", disse o pastor Karjee. "Eles nos espancaram com bastões de ferro, nos chutaram e usaram de palavrões contra as mulheres. Tentamos evitar que eles atacassem fisicamente as mulheres". Os extremistas ainda atacaram uma garota de 13 anos, Madhusmita Bhuyan, no estômago, e a empurraram.
Quatro cristãos feridos foram temporariamente detidos e obrigados a assinar o documento: Taruna Kumar Nayak, Aruna Kumar Nayak, Budhanth Kumar Nayak e Ashes Bhuyan. Ravindra Bhuyan também foi ferido e temporariamente detido. O pastor Karjee disse que os aldeões estavam gritando durante o ataque: "Por que você está realizando esses cultos? Nós não gostamos de cristãos. Quem são os cristãos? Uma religião estrangeira. O cristianismo não é nada. Você não deve orar aqui".
Rajata Bada Raita, de 24 anos, ficou gravemente ferida e ainda continua fazendo tratamento e acompanhamento no Hospital Distrital de Paralakhemundi. "Os médicos disseram que seus ferimentos são internos", disse o pastor Karjee. "Ele visita o hospital para exames regulares e ainda não se recuperou completamente".
Acordo contra os cristãos
Bíblias e outros livros cristãos foram levados, os agressores foram a uma delegacia de polícia reclamando que missionários, pastores e evangelistas cristãos estavam visitando a aldeia e distribuindo esse material. Os membros da igreja chegaram à delegacia de polícia de Rayagada e arquivaram um primeiro relatório de informação contra oito suspeitos: Chaudhri Gomango, Bamana Sabar, Deeptiranjan Bhuyan, Sarathi Bhuyan, Hari Bada Raita, Arjun Bhuyan, Dinabandhu Karjee e Dandapani Karjee.
A polícia patrulhou a área naquela noite e, na manhã seguinte, 19 de junho, os membros da igreja foram ao posto de polícia para encontrar oficiais que prenderam 25 aldeões hindus e os cinco cristãos. As pessoas que foram presas não receberam comida ou água durante todo o dia. O “acordo” foi firmado na presença da polícia e do magistrado Tahsildar.
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