Posicionamento evangélico em relação aos direitos dos povos indígenas do Brasil

Posicionamento evangélico quanto aos povos indígenas do Brasil

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:07

 

A Aliança Cristã Evangélica Brasileira, junto com a AMTB (Associação de Missões Transculturais Brasileiras) e o CONPLEI (Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos indígenas), publicou uma nota em que se posicionam diante dos povos indígenas do Brasil.
 
Confira a nota na íntegra:
 
indígenasPor meio desta nota expressamos um amplo posicionamento evangélico em relação aos direitos dos povos indígenas do Brasil.
 
Apoiamos a luta e reivindicação dos povos indígenas por seu direito, garantia e proteção à terra, organização social, costumes, língua e tradição assegurado pela Constituição Federal (Art. 231) e Declaração Universal dos Direitos Humanos (Cláusulas XIX e XVII).
 
Ressaltamos que só a conquista de territórios não garante aos povos indígenas a satisfação de todas as suas necessidades, sendo igualmente importante uma política de cooperação que lhes permita a sobrevivência com dignidade, integrados à comunidade nacional.
 
Compreendemos que os povos indígenas possuem o direito de livremente escolher suas prioridades em relação às suas crenças e desenvolvimento econômico, social e cultural, o que deve ser respeitado pelo Estado e sociedade civil brasileira (OIT – Convenção 169, Art. 3 §1º; Art 7 §1º).
 
Reconhecemos a grave necessidade do Estado, bem como da sociedade civil, de dialogarem com os povos indígenas em suas mais diversas realidades na busca por soluções específicas das condições que lhes causam sofrimento.
 
Valorizamos a responsabilidade social em face das necessidades humanas e solicitações de cooperação por parte de diversos povos indígenas. Destacamos que organizações e iniciativas evangélicas coordenam mais de 250 diferentes projetos sociais nas áreas de educação, saúde e subsistência entre mais de 80 povos indígenas. Como exemplo destas atuações, entre 2010 e 2012 agências missionárias evangélicas promoveram mais de 100.000 atendimentos médicos e odontológicos entre as populações indígenas do nosso país.
 
Destacamos o inestimável valor das línguas indígenas e nos alegramos com as iniciativas evangélicas envolvidas e comprometidas na valorização, grafia e preservação das línguas indígenas no Brasil.
 
Repudiamos qualquer tentativa de se patrulhar as comunidades indígenas, seja pelas missões cristãs, órgãos do Estado e mesmo esforços antropológicos.
 

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