Uma notícia animadora está deixando os cristãos da Arábia Saudita esperançosos. É que agora eles, que antes não podiam expressar sua fé de forma pública sem o aval das autoridades, tiveram a permissão de realizarem cultos.
A iniciativa foi do príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman, que tem chamado atenção por sua tentativa em tornar a Arábia Saudita um país mais moderado, apesar de islâmico.
Antes disso, outra notícia havia sido publicada. No dia 2 de maio, o jornal egípcio Egypt Independent afirmou que a Arábia Saudita permitiria a construção de igrejas. Logo em seguida, a informação apareceu em vários outros veículos.
Sabe-se que os comentaristas entenderam essa decisão como parte do movimento reformista do príncipe coroado. A notícia dava conta de que um acordo havia sido assinado entre o Vaticano e a Arábia Saudita.
Apesar disso, em uma nota de imprensa, o Vaticano negou que o acordo foi firmado. A publicação oficial saiu no dia 5 de maio pelo MailOnline (website do jornal britânico Daily Mail).
Reformas
Segundo informações do Asia News, o único acordo feito foi justamente a permissão a cristãos residentes na capital Riad de realizar cultos na igreja. Tal feito colabora com a cooperação na área de diálogo inter-religioso.
Uma analista de perseguição da Portas Abertas disse que príncipe herdeiro está conseguindo fazer “reformas extraordinárias”. Uma delas foi o fato dele ter permitido que mulheres agora possam dirijam. Além disso, liberou o funcionamento de cinemas.
Como noticiado anteriormente pelo Guiame, Mohammed Bin Salman também reconheceu o direito à existência de Israel. Esses atos não têm qualquer precedente por um político saudita. “Suas palavras são acompanhadas por ações e ele se encontrou com vários líderes cristãos nos últimos meses”, finaliza a analista.
Israel
Em entrevista à revista norte-americana The Atlantic, Salman declarou que os israelenses têm o direito de viver pacificamente em sua própria terra. Questionado se os judeus têm direito a um estado-nação em parte de sua terra ancestral, o príncipe respondeu.
“Acredito que palestinos e israelenses têm o direito de ter sua própria terra. Mas temos que ter um acordo de paz para garantir a estabilidade para todos e ter relações normais”.
Israel não é reconhecido oficialmente pela Arábia Saudita, local onde surgiu o Islã e palco dos santuários mais sagrados da religião. Assim como outros países árabes, a nação exige a retirada dos assentamentos israelense conquistados na Guerra dos Seis Dias em 1967.
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