Repressão comunista à Igreja na China é considerada alerta para o fim dos tempos

Mesmo sob grandes dificuldades, a Igreja na China é uma das que mais cresce no mundo.

Fonte: Guiame, com informações de Charisma NewsAtualizado: quinta-feira, 9 de setembro de 2021 às 17:03
Cristãos se ajoelham nos escombros de uma igreja demolida . (Foto: Reprodução / China Aid)
Cristãos se ajoelham nos escombros de uma igreja demolida . (Foto: Reprodução / China Aid)

Dennis Balcombe, um dos mais proeminentes missionários americanos na China, disse que o governo de Xi Jinping está reprimindo com mais força do que nunca a Igreja de Cristo. 

Igrejas domésticas, por exemplo, foram forçadas a se registrar e ficar sob a supervisão do governo, e Balcombe diz que a pressão tem sido intensa. Mas, para desespero do governo comunista, a Igreja chinesa é uma das que mais cresce no mundo. 

Balcombe, que viveu lá grande parte de sua vida, revela que o número de cristãos cresceu para mais de 100 milhões e continua a crescer exponencialmente. De acordo com o artigo de Stephen Strang, no Charisma News, Balcombe acredita que todo esse contexto está relacionado ao fim dos tempos.


Cruzes removidas de igrejas chinesas. (Foto: OpIndia)

Perseguição atual aos cristãos e o fim dos tempos

“Ninguém pode prever o futuro”, como diz Malcombe, mas está claro que, no fim dos tempos, uma aliança será formada entre o comunismo e o Islã. “Essa será a força do Anticristo”, acredita.

O missionário aponta para uma possível união de forças entre a China e o Talibã, no Afeganistão. “Isso poderia muito bem cumprir a profecia do fim dos tempos de uma perseguição contra a Igreja cristã.

“Mas parece que todo mundo só está olhando para os estados totalitários quando o assunto é o controle da religião e a perseguição. Isso está acontecendo em todo o mundo”, alertou Balcombe. 

“É apenas um fato da vida, e estamos entrando nesses últimos tempos e essas coisas vão acontecer. Acho que os americanos precisam se preparar para isso”, disse.

“Na América, você pode votar, mas em Hong Kong ou na China, não é possível votar. Porém, mesmo quando você pode escolher as pessoas que deseja que estejam no poder, você pode estar em menor número por causa da maldade do coração das pessoas”, acrescentou.

Com isso, o missionário mostra que a cosmovisão cristã é minoria no mundo de hoje. E que, por melhores que sejam as intenções de proteger a Igreja da perseguição, isso será impossível. “Todas as nações precisam se preparar para a perseguição”, resumiu.


O regime comunista oprime os cristãos chineses, mas não consegue impedir o crescimento da Igreja de Cristo. (Foto: Portas Abertas)

“Uma grande escuridão está chegando”

“É maravilhoso quando podemos ter democracia e a Constituição pode ser mantida, mas isso não será mais possível porque estamos vivendo nos últimos dias, e a Bíblia diz que uma grande escuridão está chegando”, disse Balcombe.

Na opinião do missionário, os cristãos chineses sabem tudo sobre escuridão e perseguição. Balcombe cita os protestos que ocorreram na China, em 2019, como um ponto de inflexão no novo ataque do governo comunista aos cristãos. 

Essas manifestações, diz ele, resultaram em novas leis de segurança nacional porque o governo chinês acreditava que as pessoas estavam usando Hong Kong “como base para derrubar o governo central”.

“Eles colocaram em vigor leis muito interessantes e restritivas. Muitas pessoas que estavam envolvidas no movimento pela democracia e criticando o governo foram presas e estão na prisão aguardando julgamento. Houve 90 mil pessoas imigradas de Hong Kong, e muitas delas são na verdade cristãs. Eles estão com medo do futuro”, citou.

Balcombe diz que a igreja americana deve seguir as pistas da Igreja na China e aumentar a guarda, porque a mesma coisa pode acontecer nos Estados Unidos, muito em breve. 

Os americanos só experimentaram uma aceleração do que chamamos de cultura do cancelamento nos últimos dois anos. Balcombe diz que devemos observar e aprender com os cristãos chineses, que tiveram que lidar com essa ‘escuridão’ por muito tempo.

“Nosso objetivo não é mudar o governo, mas pregar o Evangelho”

“Temos que aprender, pelo bem do Evangelho, que não devemos ser muito políticos. Porque o nosso objetivo não é mudar o governo ou mesmo manter nossas liberdades, que gostamos de ter. Nosso objetivo é fazer com que as pessoas sejam salvas e que vão para o céu”, disse o missionário.

Ele diz que é exatamente isso o que ele e seu ministério continuam fazendo. “Nós pregamos o Evangelho para o povo chinês”, apontou. “Nosso objetivo é salvar muitas pessoas e levar Bíblias para a China”, continuou.

Nosso propósito está ligado ao avivamento na Igreja. Não comentamos sobre coisas políticas. Tudo o que podemos fazer é ser fiel e ensinar nosso povo a tomar a cruz. Essa é a melhor coisa que podemos fazer neste momento, porque eu duvido que você verá essa tendência mundial mudar”, observou.

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