Culto evangélico inusitado é realizado na famosa avenida Corrientes, em Buenos Aires, Argentina, em uma casa com letreiros em neon e fotos de mulheres semi-nuas em propagandas de musicais em cartaz.
O culto Pregando entre Plumas e Strass que mais parece um show de talentos evangélicos é conduzido por Mabel Gebel. A programação começa com adoração feita por suas filhas seguido de uma apresentação humorística com o porteiro da casa. Depois da adoração, a introdução surpreende quando travestis aparecem para fazer um show caribenho acompanhada de dois dançarinos de short curto e sem camisa. Eventualmente, os travestis terminam seminus.
Gebel, a pregadora, veste um vestido preto e possui uma capa cintilante enquanto abre o culto às 22h. Deus ama a todos sem distinção, ela diz com crítica a muitos evangélicos que, segundo ela, têm preconceito contra os homossexuais.
A noite termina com um atendente do culto, fantasiado de Evita Perón, com uma peruca longa e vestido longo, cantando Dont cry for me, Argentina.
Um teólogo brasileiro Augustus Nicodemus Lopes comenta sobre o assunto ao The Christian Post, e afirma que esse método de aproximação às pessoas pode comprometer a integridade da mensagem da Bíblia se não for conduzido com sabedoria.
Nicodemus justifica que, em primeiro lugar, a igreja não deve ter uma clientela exclusiva ou seja, com foco para apenas um determinado grupo da sociedade, seja ele de homossexuais ou de qualquer outra minoria.
Isso vai contra o ensino do Novo Testamento. A Igreja no período do Antigo Testamento era voltada para um determinado grupo. Com a vinda de Cristo, ela agora se volta a todos, homens e mulheres, velhos e moços, cultos e ignorantes, pobres e ricos.
Segundo o teólogo, em Cristo todas as distinções já terminaram e a igreja deve ser o lugar em que indistintamente todas as pessoas são recebidas, ouvem o Evangelho e são chamadas ao arrependimento.
Em segundo lugar, ele alerta que no processo de contextualização da mensagem cristã na cultura moderna, a igreja deve cuidar para não diminuir os requerimentos do Evangelho e não apagar a linha que separa a igreja do mundo.
Jesus disse que a gente tem que ser sal da terra e a luz do mundo. Ele estava enfatizando o caráter radical da igreja e para que o sal funcione, ele tem que ser distinto da comida, disse ele ao CP. E completou . A igreja é mais eficaz quando ela é claramente distinta do mundo. Esse tipo de abordagem pode comprometer a integridade do Evangelho.
Em terceiro lugar, Nicodemus afirma que a igreja deve passar a mensagem do arrependimento. O arrependimento significa mudança de vida, de atitude. Nicodemus, entretanto, não acredita, pelo que se lê nas notícias, que naquele lugar esteja sendo pregado a necessidade de arrependimento e de mudança de vida entre as pessoas.
Com relação à crítica de que os evangélicos possuem discriminação contra os homossexuais, ele diz que isso procede apenas em parte, pois se há quem ofenda e desrespeite os homossexuais como pessoas, por outro lado existem aqueles que expõem o homossexualismo como pecado sem usar linguagem desrespeitosa ou ofensiva.
Não podemos discriminar o homossexual, por outro lado o homossexualismo vai contra o que a Bíblia ensina e isso tem que ser dito. Mas, podemos dizer isso de uma forma amorosa, respeitosa sem ofender as pessoas. E isso não é somente sobre o homossexualismo mas para tudo que é contra os padrões bíblicos.
Para concluir, o teólogo brasileiro urge que os líderes evangélicos e pastores se lembrem que o homossexualismo é um pecado como qualquer outro e urge para o arrependimento.
A Bíblia não diz que o homossexualismo é o maior dos pecados e anuncia que não é só o homossexual que precisa de redenção, arrependimento, de perdão, de mudança de vida. Incrédulos, moralistas, religiosos, todos eles precisam se arrepender e crer no Senhor Jesus Cristo para serem salvos. Via Christian Post
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