“Todo cristão é pentecostal, até aquele que é tradicional”, diz pastor

O pastor Levi Araújo falou sobre o verdadeira sentido do conceito pentecostal em entrevista ao Guiame.

Fonte: Guiame, Luana NovaesAtualizado: quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019 às 19:59

Qual igreja está mais alinhada ao modelo bíblico: a tradicional ou a pentecostal? De acordo com o pastor Levi Araújo, membro da equipe pastoral da Igreja Batista de Água Branca (IBAB), a Bíblia não faz distinção entre as igrejas cristãs.

“Todo mundo é pentecostal, até aqueles que são tradicionais, porque a igreja cristã nasce dentro da beleza do derramar do Espírito Santo”, disse Araújo em entrevista ao Guiame.

Embora o termo “pentecostal” esteja vinculado às igrejas que dão ênfase à experiência com o batismo do Espírito Santo, o pastor explica que o conceito se originou no dia de Pentecostes, descrito no livro de Atos dos Apóstolos.

“O Espírito Santo foi derramado sobre Sua igreja, depois que virou esse negócio de tradicional e pentecostal, com cada um puxando sardinha para sua brasa”, comentou Araújo. “Todos nós somos pentecostais. Essa divisão é feita pela vaidade de lideranças”.

O pastor observa que é antiga a divisão entre o grupo que diz “você é bom de letra, mas precisa do fogo do Espírito Santo” e o que diz “você tem fogo, mas precisa estudar a Bíblia”.

Aliás, brigas e divisões também aconteciam na Igreja Primitiva.

“Toda vez que pensamos na Igreja de Atos, nosso coração pega fogo — olhamos para aquele jeito de ser igreja e ficamos encantados. Mas quando olhamos para Atos, não prestamos atenção que ali havia muita coisa que há hoje também”, analisou Araújo.

“Do mesmo jeito que havia a beleza da mesa, da comunhão, da unidade, havia muita divisão e briga — inclusive entre líderes. É que às vezes fazemos uma leitura de Atos um tanto quanto romantizada”, acrescentou.

O pastor afirma que a igreja moderna tem todos os elementos da igreja de Atos dos Apóstolos: a comunhão, a partilha do pão e a chama missionária, mas também tem brigas, confusões e divisões.

Por outro lado, ele destaca que é preciso reconhecer quando a igreja se afasta do modelo bíblico. “Em momentos mais difíceis, quando há situações de brigas, rupturas, falta de inserção na sociedade, diminuição da chama missionária, é o maior termômetro de que nós estamos ficando bem distantes do que era a igreja de Atos dos Apóstolos, que partilhava com todas as pessoas necessitadas. Não havia necessitado algum”.

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