Durante um ataque de extremistas islâmicos, no Norte da Nigéria, três cristãos que viviam na aldeia de Njilang, localizada no condado de Chibok, foram assassinados.
Durante o ataque, que aconteceu no dia 4 de outubro, os militantes incendiaram várias casas e empresas e feriram dezenas de outros moradores.
Um morador local, que testemunhou o ataque, identificou os militantes como afiliados do grupo terrorista Estado Islâmico Província da África Ocidental (ISWAP, na sigla em inglês), conforme notícias do International Christian Concern (ICC).
Sobre os ataques terroristas
O condado de Chibok passou por diversos ataques terroristas nos últimos anos. A maioria cristã que vive ali se tornou vulnerável à violência motivada pelo extremismo islâmico.
O morador informou também que os militantes do ISWAP atacaram às 2h30 e que estavam todos equipados com armas de alta potência.
“Primeiro, eles cercaram a aldeia e atiraram nos cristãos que tentaram fugir. Depois, eles incendiaram seis casas e saquearam cinco lojas da aldeia, pertencentes a cristãos, e então incendiaram as lojas também”, relatou.
No Nordeste da Nigéria, os grupos extremistas ISWAP e Boko Haram já mataram milhares de cidadãos nigerianos.
Sequestros e casamentos forçados
O sequestro de jovens mulheres e meninas cristãs também são crimes que acontecem com frequência. As vítimas são destinadas ao casamento forçado com os militantes, independente da idade.
Quando algumas conseguem escapar ou são libertadas, elas são rejeitadas pelas comunidades ou famílias e estigmatizadas por causa das experiências traumáticas.
Para a sociedade islâmica, as viúvas são consideradas as mais baixas na hierarquia social. As mulheres cristãs cujos maridos foram assassinados por extremistas islâmicos frequentemente lutam para ter uma renda que seja suficiente para manter as necessidades básicas, como alimentação e moradia.
Governo nega motivação religiosa
Milhões já foram forçados a fugir de suas casas devido à violência na Nigéria. De acordo com um relatório divulgado em janeiro, pela Associação de Desenvolvimento da Área de Chibok, pelo menos 407 cristãos foram mortos em 72 ataques, desde 2012.
Conforme relatos do ICC, no início deste ano, o governo nigeriano continua a negar qualquer motivação religiosa por trás desses ataques. No entanto, evidências mostram, repetidamente, que os grupos terroristas mencionados estão tentando impor a sharia — conjunto de leis islâmicas — em toda a Nigéria.
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