Sequestro de cristãos cresce 124% no mundo; Nigéria é onde há mais casos

O sequestro é uma forma de punir cristãos em países onde há perseguição religiosa.

Fonte: Guiame, com informações de Portas AbertasAtualizado: terça-feira, 15 de fevereiro de 2022 às 12:32
Esther é uma das meninas, de um total de 47, que conseguiram fugir logo após o sequestro em Chibok. (Foto: Portas Abertas)
Esther é uma das meninas, de um total de 47, que conseguiram fugir logo após o sequestro em Chibok. (Foto: Portas Abertas)

Conforme dados da Lista Mundial da Perseguição 2022, o número de sequestro de cristãos subiu de 1.710 para 3.828 — isso representa 124%. A Nigéria foi o país que mais colaborou para esse aumento. 

Houve 2.510 casos de sequestro de cristãos só na Nigéria, ou seja, 66% e cerca de 1.000 casos no Paquistão, o equivalente a 26%. 

Isso mostra que em países onde há perseguição aos cristãos, o sequestro é uma forma de punir a Igreja de Cristo instalada no país. 

Outros países onde houve sequestro de cristãos

No Mali, a missionária e enfermeira cristã colombiana, foi sequestrada por jihadistas na região sul do país. Gloria Cecilia Narváez Argoti estava evangelizando, quando foi levada por sequestradores no carro da igreja. 

Ela passou quatro anos (2017 a 2021) sob o poder de um grupo terrorista que tem ligação com o Al-Qaeda, mas aos 60 anos ela foi libertada. Os missionários que atuam no Mali vivem com medo de sequestro. 

No Egito, o sequestro de cristãos também é comum. Bakhit Aziz Georgi, de 68 anos, foi abordado por um homem armado enquanto trabalhava e forçado a segui-lo. 

Quando Youssef Girgis viu o tio sendo levado, ele foi atrás pedindo para o soltarem. Então os sequestradores pediram para ver sua identidade. Quando constataram que o sobrinho também era cristão, o sequestraram junto com o tio.  

Os cristãos geralmente são tratados como cidadãos de segunda classe no Egito. Lá, os homens cristãos geralmente são vítimas de sequestro como forma de assegurar um resgate além de gerar medo entre a comunidade cristã local.

Nos Estados Unidos, o pastor batista Charles Pittman, da Immanuel Baptist Church em Florence, foi surpreendido por um homem armado dentro de sua igreja. “Foi um dia normal e eu tinha planos para aquele dia. Nunca teria imaginado que algo assim aconteceria”, disse o pastor. 

Funcionários da igreja perceberam que havia algo errado e ligaram para a polícia. As autoridades começaram a tentar localizar Charles e contataram o FBI, suspeitando de que se tratava de um sequestro.

Após duas horas do início do sequestro, a polícia encontrou o carro, resgatou o pastor e prendeu o sequestrador, sem nenhum incidente. Pittman disse que não guarda rancor do criminoso e que o perdoou. “Minha oração por ele é para que conheça Jesus. Quando eu o vir, não terei nenhuma animosidade. Não terei nenhum sentimento de má vontade”, declarou o pastor.

Sequestro de 17 missionários no Haiti

Uma gangue haitiana sequestrou 17 missionários que estavam deixando um orfanato, a 30 km de Porto Príncipe. Entre os cristãos raptados estavam mulheres e crianças. 

A violência no Haiti aumentou com a crise instaurada no país, após o assassinato do presidente Jovenel Moise, em julho, e um terremoto, em agosto, que deixou mais de 2 mil mortos. 

Felizmente, os 17 missionários foram libertados. “Nós glorificamos a Deus pelas orações respondidas. Junte-se a nós louvando a Deus porque todos os dezessete de nossos entes queridos estão agora seguros”, disse o representante da organização em comunicado oficial, na ocasião. 

Porém, nem todo desfecho de sequestro termina bem. Um dos casos mais conhecidos pelo mundo foi o sequestro das meninas do Chibok, quando mais de 270 meninas foram levadas pelo grupo terrorista Boko Haram, na Nigéria. Meninas cristãs são três vezes mais vulneráveis em países onde a Igreja é perseguida. 

Infelizmente, elas são forçadas à conversão ao islamismo, abusadas sexualmente e submetidas ao casamento forçado com os militantes. Em sequestros de cristãos, muitos são torturados, obrigados a entregar nomes de pastores e até mortos pelos sequestradores.

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