Depois de vários meses de guerra devastadora na Ucrânia, com os ataques violentos da Rússia, muitos ucranianos estão questionando por que Deus permitiu essa calamidade.
O líder da Sociedade Bíblica Ucraniana (SBU), Oleksandr Babiychuk, que vive na cidade de Kherson, disse que as pessoas estão em busca de respostas.
Kherson é uma cidade portuária que também foi atacada, mas as tropas russas se retiraram na última sexta-feira (11).
Ele conta que a equipe da Sociedade Bíblica conseguiu entrar novamente em seu escritório, pela primeira vez desde agosto: “O retorno foi agridoce, há marcas de balas por toda parte e os quartos estavam cheios de garrafas de vodca”.
‘Houve aumento na demanda de Bíblias desde o início da guerra’
Oleksandr disse que apesar da vitória para a cidade, a retirada russa gerou muita reflexão e as pessoas estão fazendo perguntas existenciais sobre a guerra.
“Devemos continuar levando a Palavra de Deus, porque a guerra abala o próprio alicerce da vida das pessoas”, afirmou.
“Eles procuram respostas para perguntas cruciais sobre por que essa guerra aconteceu e por que Deus a permitiu”, disse ao relacionar que houve um aumento na demanda de Bíblias desde o início da guerra.
Durante o verão, a Sociedade Bíblica do Reino Unido enviou para a Ucrânia cerca de 168 mil Bíblias e livros baseados nas Escrituras Sagradas.
‘Temos que alcançar todos os que precisam da cura celestial’
“Há tantas pessoas traumatizadas que sofreram grandes perdas, de seus familiares, amigos, suas memórias e suas propriedades”, observou o líder da SBU.
“Este é exatamente o campo onde a Sociedade Bíblica deve trabalhar, em conjunto com as com as igrejas, porque é somente a palavra de Deus que traz conforto e, eventualmente, reconciliação”, afirmou.
Oleksandr revela que, no momento, há também outro tipo de tensão entre os ucranianos que resistiram à ocupação russa e os que colaboraram para ela acontecer.
“A nossa posição deve ser equilibrada. Eles terão que responder à lei, enquanto nós devemos encontrar palavras que possam motivá-los a assumir a responsabilidade de sua própria consciência”, ponderou.
“Por outro lado, todos devem sentir que este é seu país e sua cidade, e eles devem amar e apreciar esse lugar, ainda mais agora do que antes da guerra. Há muito a se fazer e nós vamos continuar distribuindo Bíblias. Nossa responsabilidade é trabalhar com as igrejas para alcançar todos os que precisam da cura celestial”, concluiu.
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