YouTube exclui canal que tenta salvar bebês do aborto: “Nocivo e perigoso”

O canal tinha quatro vídeos, onde três deles apresentavam mães que conseguiram interromper abortos químicos.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: terça-feira, 8 de maio de 2018 às 12:09
O YouTube explica que "não permite conteúdo que encoraje ou promova atos violentos ou perigosos". (Foto: Reprodução).
O YouTube explica que "não permite conteúdo que encoraje ou promova atos violentos ou perigosos". (Foto: Reprodução).

Na semana passada, o YouTube suspendeu a conta “Abortion Pill Reversal - APR” (Pílula de Reversão do Aborto, em tradução livre), por "repetidas ou graves violações das diretrizes da comunidade". Apenas quatro vídeos haviam sido publicados na conta. Os vídeos "ofensivos" incluíram um seminário explicando o uso da pílula em termos científicos e médicos. Os outros três vídeos contavam histórias de mulheres que escolheram a vida para seus bebês, usando a APR.

Citando suas políticas de "conteúdo prejudicial ou perigoso", o YouTube optou por suspender totalmente a conta da APR, explicando que "não permite conteúdo que encoraje ou promova atos violentos ou perigosos que tenham um risco inerente de sérios danos físicos ou morte". Exemplos que violam esta política são vídeos sobre "fabricação de bombas instrucionais, jogos de asfixia, uso de drogas pesadas ou outros atos em que possam resultar ferimentos graves".

O movimento surgiu há poucas semanas depois que um novo estudo descobriu que o protocolo de reversão do aborto é seguro e eficaz para mulheres que mudaram de ideia depois de iniciar um aborto químico. O estudo, que acompanhou 754 mulheres que queriam interromper o aborto químico em andamento, relatou uma taxa de sucesso de 68% na reversão dos efeitos do mifepristone, a primeira pílula do processo de abortamento químico.

O protocolo APR envolve a administração de progesterona para neutralizar a primeira pílula abortiva. A progesterona é aprovada pela FDA e tem sido usada para prevenir abortos desde a década de 1950. Desde 2007, mais de 500 mulheres usaram o protocolo APR para salvar seus bebês do aborto. Hoje, o protocolo é apoiado por uma rede de 350 provedores de serviços médicos.

A Heartbeat International, que assumiu as rédeas da APR Network iniciou o processo de apelação formal com o YouTube há cerca de duas semanas.

Não é estranho que a Heartbeat International tente silenciar a mensagem da APR, de salvar vidas. Apesar de sua segurança e eficácia, o protocolo tem sido criticado por defensores do aborto, que se opõem ao direito de uma mulher escolher não terminar um aborto indesejado.

Desde o início de 2016, a Heartbeat International derrotou com sucesso vários esforços dos burocratas da Califórnia para impedir que os enfermeiros aprendessem sobre o protocolo de salvar vidas.

Confira um dos vídeos classificados como "nocivo e perigoso", republicado na plataforma Vimeo:

 

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