Advogado é preso por defender igrejas na China

Segundo grupos de direitos religiosos, cerca de 1.500 crucifixos foram derrubados do alto dos templos cristãos, na província de Zhejiang (China).

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: terça-feira, 1 de setembro de 2015 às 13:42

Cristãos participam de culto em uma igreja clandestina, em Tianjin (China)

Um advogado de direitos humanos foi preso durante seis meses depois de defender igrejas chinesas, na luta destas contra a remoção das cruzes até mesmo a demolição de seus templos.

Zhang Kai foi detido pela polícia em uma igreja cristã, em Wenzhou, na província de Zhejiang. Advogados chineses confirmaram Zhang que permaneceu confinado por seis meses, em prisão domiciliar, por suspeita de "expor ao perigo a segurança do Estado" e "perturbar a ordem pública".

Estas são duas acusações freqüentemente apresentadas contra dissidentes na China e são usadas ​​para evitar que os advogados se reúnam com seus clientes com seus clientes.

Segundo outro advogado especialista em direitos humanos, na China, o termo "prisão domiciliar" ou "regime resindencial" pode ser associado também a um confinamento em um hotel, por exemplo.

"O acusado é deixado sozinho no quarto, e o investigador pode vigia-lo todos os dias. Isso faz com que o estresse psicológico aumente", contou Liu Xiaoyuan

Depois de prender Zhang e dois assistentes, a polícia de Wenzhou também deteve mais de 10 cristãos, incluindo pastores, ativistas de direitos humanos, segundo informações do site 'Voice of America'. Alguns já foram liberados, mas a maioria ainda está sob custódia.

Bob Fu, fundador e presidente da 'China Aid' - uma organização cristã de direitos humanos - disse ao Christian Today de sua indignação com a sentença.

"Isso representa uma nova baixa no Estado de direito na China", disse Fu. "Eles não fizeram nada além de defender legalmente centenas de igrejas de serem barbaramente demolida ou terem suas cruzes removidas", disse.

"A comunidade internacional, especialmente o presidente Barack Obama, deve deixar claro ao presidente Xi Jinping [que] esses atos de total desrespeito aos direitos humanos fundamentais e à liberdade religiosa deve e será condenado por todos durante a visita planejada de Xi às Nações Unidas e dos EUA no próximo mês".

Segundo grupos de direitos religiosos, cerca de 1.500 crucifixos foram derrubados do alto dos templos cristãos, na província de Zhejiang, que inclui Wenzhou. Várias igrejas foram demolidas.

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