Aliança Evangélica da Europa denuncia “uso de humanos” como arma política na Bielorrússia

A organização lembra ainda que a vida dos seres humanos é mais importante do que política.

Fonte: Guiame, com informações do Evangelical FocusAtualizado: segunda-feira, 22 de novembro de 2021 às 17:53
Refugiados e migrantes presos na fronteira com a Bielorússia. (Foto: ACNUR/Katsiaryna Golubeva)
Refugiados e migrantes presos na fronteira com a Bielorússia. (Foto: ACNUR/Katsiaryna Golubeva)

A Aliança Evangélica Europeia condenou o “uso de seres humanos” pelo governo da Bielorrússia, que concentra milhares de migrantes e refugiados do Oriente Médio que tentam atravessar a fronteira do país com a Polônia.

A União Europeia (UE) acusa o presidente bielorusso, Alexandre Loukachenko, de orquestrar a chegada da onda de migrantes, em retaliação às sanções econômicas impostas a Belarus pelas graves violações dos direitos humanos após as eleições de 2020.

Na semana passada, cerca de 2.000 pessoas deixaram um acampamento improvisado na fronteira e foram levados pela Bielorrússia para um armazém próximo.

Lukashenko disse na sexta-feira (19), em entrevista à BBC, que é “absolutamente possível” que suas forças tenham ajudado migrantes a tentar ingressar na UE, mas negou ter orquestrado a operação.

Ao se posicionar sobre a crise, a Aliança Evangélica Europeia disse que os esforços de países como a Polônia para evitar a entrada dos migrantes são “compreensíveis”, mas fez um alerta sobre o tratamento humanitário.

“A vida dos seres humanos é muito mais importante do que a política”, destacou a organização evangélica.

“Milhares de homens, mulheres e crianças estão sofrendo terrivelmente: aqueles que ainda vivem na Bielorrússia, que estão vivendo sem comida ou abrigo. E aqueles que cruzaram para a UE, que estão tendo que se esconder na floresta ou são mantidos em condições terríveis, muitas vezes em campos fechados. Com o inverno chegando, isso não pode continuar”, alertou.

A Aliança Evangélica Europeia fez um apelo a todos os governos envolvidos e à União Europeia “para que se lembrem dos seres humanos que estão no cerne desta questão. Essas pessoas merecem compaixão. Eles não devem ser ignorados ou demonizados”.

A organização ainda chamou os cristãos à oração: “Ore para que esta crise possa ser rapidamente resolvida de uma forma que defenda os valores judaico-cristãos da Europa de dignidade humana, justiça, compaixão e solidariedade”.

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