Ataque terrorista em sinagoga deixa 2 mortos durante Yom Kippur na Inglaterra

O criminoso dirigiu um carro contra o portão da Sinagoga da Congregação Hebraica de Heaton e atacou fiéis com faca, na manhã desta quinta-feira (2), em Manchester.

Fonte: Guiame, com informações de The Telegraph e NewsweekAtualizado: quinta-feira, 2 de outubro de 2025 às 13:04
O criminoso atacou judeus com faca na Sinagoga da Congregação Hebraica de Heaton. (Foto: Reprodução/Instagram/Gabriel Ferrigno).
O criminoso atacou judeus com faca na Sinagoga da Congregação Hebraica de Heaton. (Foto: Reprodução/Instagram/Gabriel Ferrigno).

Um ataque terrorista em uma sinagoga deixou duas pessoas mortas, em Manchester, na Inglaterra, na manhã desta quinta-feira (2). O atentado aconteceu no Yom Kippur, o dia mais sagrado do calendário judaico.

Segundo testemunhas, um homem vestindo um colete à prova de balas e uma possível bomba dirigiu um carro contra o portão da Sinagoga da Congregação Hebraica de Heaton Park, em Crumpsall. Em seguida, desceu do carro e começou a atacar fiéis com uma faca no pátio do templo. 

"Eu estava do lado de fora e ouvi um som de batida e pensei que poderia ser um fogo de artifício", relatou Chava Lewin, uma judia que mora ao lado da sinagoga, ao The Telegraph. 

“No segundo em que saiu do carro, começou a esfaquear qualquer pessoa perto dele. Ele foi até o segurança e tentou invadir a sinagoga. Alguém trancou a porta. Todo mundo está em choque total”.

Uma testemunha afirmou que o rabino Daniel Walker permaneceu calmo e levou a congregação para um local seguro.

Poucos minutos depois, os policiais chegaram ao local, quando o terrorista estava tentando invadir a sinagoga por uma janela.

"O cara tinha uma faca e estava apenas esfaqueando a janela. Em segundos, a polícia chegou, eles lhe deram alguns avisos, ele não ouviu, então eles abriram fogo", disse uma testemunha à BBC.

Ataque terrorista

Em um comunicado, a polícia local informou: "A polícia da Grande Manchester pode confirmar que duas pessoas morreram após o grande incidente do lado de fora da Sinagoga da Congregação Hebraica de Heaton Park. Uma terceira pessoa, um homem que se acredita ser o agressor, foi baleado por oficiais e também se acredita estar morto”.

Outras três pessoas estão em estado grave no hospital. A polícia afirmou que "declarou Platão", que é a palavra-código nacional da Grã-Bretanha usada pelos serviços de emergência para responder a um "ataque terrorista saqueador".

O primeiro-ministro da Inglaterra, Keir Starmer, condenou o atentado em comunicado. "Estou chocado com o ataque a uma sinagoga em Crumpsall. O fato de isso ter ocorrido em Yom Kippur, o dia mais sagrado do calendário judaico, torna tudo ainda mais horrível”, declarou.

"Faremos de tudo para manter nossa comunidade judaica segura", prometeu ele, após informar que policiais foram enviados a sinagogas de toda a Inglaterra para prevenção.

Starmer viajará de volta ao Reino Unido para liderar uma reunião de emergência sobre o ataque.

O rei Charles III também se manifestou com uma mensagem de apoio às vítimas. "Minha esposa e eu ficamos profundamente chocados e tristes ao saber do horrível ataque em Manchester, especialmente em um dia tão significativo para a comunidade judaica”, afirmou.

"Nossos pensamentos e orações estão com todos os afetados por este terrível incidente e agradecemos muito as ações rápidas dos serviços de emergência”.

Comunidade judaica em Manchester

A cidade de Manchester abriga a maior comunidade judaica do Reino Unido fora de Londres. Desde 2011, o número de judeus que vivem na cidade aumentou cerca de 20%, somando um total de 30.000 pessoas.

Muitos judeus residem no norte de Manchester, onde aconteceu o ataque terrorista de hoje.

Para Heath Showman, um frequentador da Sinagoga da Congregação Hebraica de Heaton Park, um atentado terrorista contra a comunidade judaica na cidade era uma “questão de tempo”, devido ao aumento do antissemitismo desde o ataque do Hamas à Israel de 7 de outubro.

“É uma questão de tempo. Venho a esta sinagoga há 37 anos e a segurança tem aumentado a cada ano, mas vem crescendo nos últimos dois anos. O retrato do conflito em Gaza afetou todo o povo judeu”, comentou ele, em entrevista ao Telegraph.

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