O Sri Lanka foi alvo de oito ataques a bomba no Domingo de Páscoa (21), que atingiram três igrejas e quatro hotéis de luxo dentro e ao redor da capital Colombo, além de uma igreja na costa nordeste do país. A série de explosões mataram, até o momento, 290 pessoas e feriram cerca de 500.
Segundo oficiais do governo, a maior parte dos mortos e feridos são cidadãos do Sri Lanka. Eles também informaram que 32 estrangeiros também morreram em consequência dos ataques, incluindo britânicos, americanos, turcos, indianos, chineses, dinamarqueses, holandeses e portugueses.
Embora ainda haja risco de que novos ataques aconteçam, as autoridades suspenderam o toque de recolher no país, nesta segunda-feira (22).
Até agora não houve reivindicação de responsabilidade. Mas o porta-voz do gabinete, Rajitha Senaratne, disse que os ataques coordenados foram realizados por um grupo militante chamado National Thowfeek Jamaath - com a ajuda de uma rede internacional.
“Não acreditamos que esses ataques tenham sido realizados por um grupo de pessoas confinadas a este país”, disse Senaratne. “Havia uma rede internacional sem a qual esses ataques não poderiam ter sido bem-sucedidos.”
Quatro das bombas explodiram aproximadamente na mesma hora, às 8h45, hora local, no domingo, com outras duas 20 minutos depois.
Uma nova explosão ocorreu nesta segunda-feira em uma van que estava perto de uma igreja. A bomba detonou enquanto agentes tentavam desarmá-la, segundo a agência Reuters. Não há informações sobre feridos.
Também nesta segunda, a polícia encontrou 87 detonadores de bombas em um terminal de ônibus de Colombo.
Alerta terrorista
Rajitha Senaratne disse que os funcionários do Sri Lanka não deram ouvidos aos alertas das agências de inteligência sobre a ameaça de um ataque. Não ficou claro se alguma ação foi tomada em resposta, enquanto as autoridades disseram que pouco se sabia sobre o grupo, exceto que seu nome havia aparecido em relatórios de inteligência.
O ministro da Defesa do Sri Lanka, Ruwan Gunasekara, anunciou que 24 pessoas foram detidas por suspeita de participação nos ataques. Os detidos estão sendo interrogados pela divisão de investigação criminal da Polícia.
Ruwan Wijewardene disse que os autores dos ataques foram identificados como “extremistas religiosos” e pertenciam a um único grupo, sem dar mais detalhes.
O ministro da Saúde do país, Rajitha Senaratne, disse que sete das oitos explosões foram cometidas por terroristas suicidas e que todos esses homens-bomba eram cidadãos do Sri Lanka.
Cristãos
Imagens divulgadas pela imprensa local mostram a magnitude da explosão em pelo menos uma das igrejas, com o teto do templo semidestruído, escombros e corpos espalhados enquanto o povo tenta socorrer os feridos.
Os fiéis celebravam o domingo de Páscoa, o dia mais importante dentro dos ritos cristãos da Semana Santa.
Os ataques contra minorias religiosas na ilha asiática vêm se repetindo; no Sri Lanka, a população cristã representa 7%.
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