Chefe de Governo desde 2009 e apontado como perdedor nas pesquisas, o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu saiu vitorioso nas eleições desta terça-feira (17). A vitória do partido nacionalista Likud, no qual ele lidera, teve uma boa margem de diferença contra a coalizão de centro-esquerda União Sionista, liderada pelo trabalhista Isaac Herzog.
"Contra todas as previsões, conseguimos uma grande vitória para o campo nacional sob a direção do Likud", disse Netanyahu em Tel Aviv. "Agora devemos construir um governo forte e estável", completou.
Durante a campanha, as propostas de Herzog, baseados em temas econômicos e sociais, pareciam estar conquistando os eleitores. Diante das pesquisas desfavoráveis, Netanyahu batalhou nos últimos dias para recuperar conquistar os indecisos. Na segunda-feira, ele voltou a reafirmar a ideia de impedir a criação de um Estado palestino.
Oposição palestina
A liderança palestina reagiu de maneira contrária ao resultado eleitoral. "Israel escolheu o caminho do racismo, da ocupação e da colonização, e não o das negociações", disse Yaser Abed Rabo, secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) à AFP.
"Estamos diante de uma sociedade israelense doente de racismo, e de uma política de ocupação e construção de colônias. Temos pela frente um caminho longo e difícil de luta contra Israel", completou.
As relações entre Israel e a Palestina estão em declínio desde abril do ano passado, quando as negociações de paz mediadas pelos Estados Unidos foram fracassadas.
Desde então, alguns atentados aconteceram em Jerusalém, além da guerra em julho e agosto entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, assim como iniciativas diplomáticas dos palestinos contra Israel na ONU e no Tribunal Penal Internacional.
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