Pouco antes de iniciar uma série de encontros com lideranças e parlamentares evangélicos nesta quarta-feira (07), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que estuda acabar com impostos para igrejas e defendeu que o processo de prestação de contas das organizações religiosas seja descomplicado.
“Tem uma dúvida muito grande da Constituição quando fala de isenção de impostos. Então esse assunto vem sendo discutido com vários setores da sociedade. Outros setores também”, disse o presidente.
“Essa que é a intenção nossa, é discutir esse assunto. E se chegarmos à conclusão que tem amparo legal para você acabar com alguma taxa, então acaba”, declarou Bolsonaro pela manhã, em entrevista a jornalistas na saída do Palácio do Alvorada.
“Agora uma coisa importante também é descomplicar. Não pode cada igreja ter que ter um contador, ninguém aguenta isso”, acrescentou o presidente, que disse não querer "taxar mais ninguém.
Ao ser questionado se pretende "facilitar a vida dos pastores", assim como disse que quer fazer com empregadores, ele afirmou que tem a intenção de "fazer justiça com os pastores, com os padres, nessa questão tributária".
Quando chegou ao Palácio do Planalto, Bolsonaro teve uma audiência com o deputado federal do Rio de Janeiro Sóstenes Cavalcante, membro da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, e com o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra. Em seguida, reuniu-se com os deputados de São Paulo, Pastor Marco Feliciano e Gilberto Nascimento.
Às 11h45, o presidente recebeu os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, Marcos Cintra, o deputado federal David Soares, o deputado estadual Filipe Soares, o juiz federal William Douglas e o missionário R. R. Soares, fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus.
Na sequência, participou de almoço com parlamentares da Frente Parlamentar Evangélica na casa do deputado federal Silas Câmara (PRB-AM), líder do grupo. Bolsonaro ainda teve uma audiência com Câmara no Planalto, no meio da tarde.
O porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barroso, disse no fim da tarde que o presidente é aberto às demandas de "grupo tão especial para sua eleição", mas afirmou que o assunto ainda está em estudo.
“O presidente é aberto às demandas e às necessidades desse grupo tão especial para sua eleição. Não obstante, mantém em nível de estudo quaisquer eventuais modificações sob o ponto de vista tributário. Nós ainda não temos nenhuma posição firmada por parte do presidente, e obviamente tampouco por parte do Ministério da Economia. Quando a tivermos, vamos ter o maior prazer de levar a cada um de vocês — disse o porta-voz.
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições