Bolsonaro tem momento de oração no Planalto: “Esse é um governo que ora pela nação”

O presidente se reuniu com líderes evangélicos em um almoço no Palácio do Planalto. O encontro acontece após o veto ao perdão de dívidas bilionárias de igrejas.

Fonte: Guiame, com informações da Folha de S. PauloAtualizado: quinta-feira, 17 de setembro de 2020 às 12:36
Presidente orou com líderes evangélicos em Brasília. (Foto: Reprodução/Jair Bolsonaro)
Presidente orou com líderes evangélicos em Brasília. (Foto: Reprodução/Jair Bolsonaro)

O presidente Jair Bolsonaro publicou um vídeo nesta quarta-feira (16) com um momento de oração no Palácio do Planalto. “O Estado é laico. Respeitamos a todos. Mas o nosso governo é cristão”, disse Bolsonaro nas redes sociais.

Com o louvor “Aleluia” ao fundo, enquanto o pastor JB Carvalho, faz uma oração, o vídeo também declara: “Esse é um governo cristão. Esse é um governo que ora pela sua nação. Esse é um governo que ora pelo seu povo. Esse é o governo de Jair Bolsonaro”.

O momento de oração foi feito antes do almoço com pastores e parlamentares evangélicos no Palácio do Planalto. Além do líder da Comunidade das Nações, participaram também o apóstolo Estevam Hernandes e a bispa Sônia Hernandes, da Igreja Renascer em Cristo.  

O encontro acontece depois que Bolsonaro vetou, parcialmente, uma proposta aprovada no Congresso Nacional que perdoava R$ 1 bilhão de dívidas tributárias de igrejas. De acordo com deputados que participaram do almoço, no entanto, esta não era a razão da reunião.

“Não tinha uma pauta, não tinha uma agenda”, disse o deputado João Campos (Republicanos-GO) ao deixar o almoço, segundo a Folha de S. Paulo.  

Deputados que participaram do almoço disseram que este faz parte de um dos encontros promovidos frequentemente no Planalto pelo deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), a pedido de Bolsonaro, para tentar aproximá-lo de sua base aliada. 

Segundo o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), Bolsonaro chegou a fazer uma breve menção ao veto, reforçando sua nota publicada no domingo. Cavalcante disse que, tecnicamente, o presidente não podia sancionar a emenda, mas defende a derrubada do veto.

“Por ele [Bolsonaro], sancionaria, mas teve a recomendação técnica para vetar parcialmente”, disse o deputado.  

Apesar do esforço da Frente Parlamentar Evangélica pela derrubada do veto, a medida recebeu inúmeras críticas de evangélicos nas redes sociais. Um deles, Jonathan Nemer fez em um post intitulado “Essa dívida não é em meu nome”.

Cavalcante disse que a bancada evangélica irá anunciar na próxima quarta-feira (23) sua estratégia para a derrubada do veto. Integrantes da oposição também devem votar para rever o ato de Bolsonaro.

“Temos agora que fazer o trabalho legislativo, derrubar o veto. Não tem outra alternativa. Preferíamos que o cenário fosse outro. Mas ele, assim como eu, não é advogado tributarista, ouve a assessoria. Resta-nos fazer nosso trabalho”, alegou o parlamentar.

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