O Senado do Canadá aprovou uma lei contra o uso de pronomes de gênero errados, segundo os quais os críticos permitiriam que as autoridades acusem aqueles que negam a ideologia de gênero de cometerem "crimes de ódio", o que segundo o texto da nova proposta, levará tais cidadãos a serem multados, receberem treinamento "anti-preconceito" ou até mesmo à prisão.
O novo projeto de lei C-16 foi aprovado pelo Senado do Canadá com uma votação de 67 a 11 nesta semana, mais de um ano depois de ter sido apresentado, de acordo com a emissora canadense 'Global News', que informou que a nova proposta agrega a "proteção de identidade e expressão de gênero" ao Código Canadense de Direitos Humanos e o inclui dentro das proteções providenciadas pelas disposições de crimes e crimes de ódio do direito penal.
A medida aguarda agora a aprovação da 'Câmara dos Comuns' (ramo superior ao Senado no Parlamento canadense).
"No Canadá, celebramos a inclusão e a diversidade, e todos os canadenses devem se sentir seguros de serem eles mesmos", disse o Ministro da Justiça, Jody Wilson-Raybould, em um comunicado. "As pessoas diversas identidades de gênero devem ter status igual na sociedade canadense, e este projeto torna esse status explícito na lei canadense... O objetivo desta legislação é garantir que todos possam viver de acordo com sua identidade de gênero e expressar seu gênero como eles escolheram. Ela protegerá as pessoas contra a discriminação, propaganda do ódio e crimes de ódio".
Discurso mascarado
Apesar do discurso do Ministro da Justiça favorável ao projeto de lei, o professor de psicologia da Universidade de Toronto, Dr. Jordan Peterson - que foi convidado para o comitê do Senado - disse anteriormente à Comissão que a proposta era uma ameaça sem precedentes à liberdade de expressão dos cidadãos canadenses.
"Lamentamos gravemente isso", ele postou em sua conta pessoal do Twitter, depois que o projeto de lei foi aprovado.
A coalizão da 'Campanha Vida' no Canadá também criticou a aprovação do projeto de lei. "Essa lei tirânica não é nada mais que um tipo de 'engenharia social' em um nível incalculável... tudo em nome da correção política", disse o vice-presidente Jeff Gunnarson, ao 'LifeSiteNews'.
Segundo o cientista político Jack Fonseca, o caráter de "proteção aos direitos humanos" que o projeto de lei apresenta é apenas uma máscara, que esconde o verdadeiro efeito que esta lei acabará tendo.
"Registrem bem as minhas palavras: esta lei não será usada como algum tipo de 'proteção' para defender os transexuais vulneráveis, mas sim como uma arma usada contra as pessoas de fé e os canadenses que pensam livremente e se recusam a negar a verdade", afirmou.
O senador conservador Don Plett, que votou contra o projeto de lei, disse ao comitê do Senado no mês passado que "ideólogos" estão "usando membros desavisados e às vezes cúmplices dos chamados transgêneros para impulsionar sua vanguarda ideológica".
As diretrizes do Código de Direitos Humanos de Ontário "ordenam" o uso de pronomes sem gênero, conforme o advogado D. Jared Brown, também nomeado pelo comitê, apontou como exemplo em sua denúncia.
"O uso obrigatório de pronomes exige que se utilizem palavras que não sejam as suas próprias, e que implicam uma crença ou acordo com uma ideologia de gênero", disse ele. "Se você tentar desautorizar essa teoria, você pode ser levado perante à Comissão de Direitos Humanos por ter falado mal ou potencialmente ser culpado de um crime de ódio. Em resumo, sobre as questões de gênero, teremos que adotar um discurso imposto pelo governo".
Famílias ameaçadas
A província de Ontário aprovou recentemente uma legislação que permite que o governo separe as crianças de famílias que se recusam a aceitar a "identidade de gênero" ou a "expressão de gênero" escolhida por seus filhos.
O chamado 'Ato de Apoio às Crianças, Jovens e Famílias de 2017', ou 'Lei 89', exige que os prestadores de serviços de proteção à criança, de acolhimento, adoção e juízes levem em conta e respeitem a "raça, ascendência, local de origem, cor, etnia, cidadania, diversidade familiar, deficiência, credo, sexo, orientação sexual, identidade de gênero e expressão de gênero de uma criança".
Fonseca comentou anteriormente: "Com a passagem da Lei 89, entramos em uma era de poder totalitário por parte do Estado, como nunca antes testemunhado na história do Canadá. Sem medo de errar, digo que a Lei 89 é uma grave ameaça aos cristãos e à todas as pessoas de fé que têm filhos ou que esperam formar sua família através da adoção".
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