Citando o Papa, Maduro pede ao Congresso da Venezuela que considere o casamento gay

O presidente da Venezuela pediu à Assembleia Nacional do país que discuta o casamento gay, citando o apoio do Papa Francisco.

Fonte: Guiame, com informações do ReutersAtualizado: segunda-feira, 26 de outubro de 2020 às 13:45
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante entrevista coletiva em Caracas. (Foto: Manaure Quintero/Reuters)
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante entrevista coletiva em Caracas. (Foto: Manaure Quintero/Reuters)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu na quinta-feira (21) à Assembleia Nacional do país que discuta o casamento entre pessoas do mesmo sexo durante seu próximo mandato, que começa em janeiro, citando o apoio do Papa Francisco à união civil entre homossexuais.

O casamento gay atualmente não é legalizado na Venezuela, que ainda tem uma forte influência conservadora do catolicismo romano. Em outros países da América do Sul, como Brasil, Argentina e Colômbia, o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo é aprovado por lei.

Em uma declaração que veio à público na semana passada, o Papa Francisco apoiou a união civil entre homossexuais pela primeira vez como pontífice.

“Os homossexuais têm direito de estar em uma família. Eles são filhos de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deve ser expulso ou infeliz por causa disso”, disse Francisco em depoimento ao documentário “Francesco”, exibido no Festival de Cinema de Roma.

“O que precisamos criar é uma lei de união civil. Dessa forma eles são legalmente contemplados”, o papa acrescentou. “Eu defendi isso”.

Em um evento com líderes do Partido Socialista, antes das eleições legislativas na Venezuela, marcadas para 6 de dezembro, Maduro disse: “Tenho amigos e conhecidos que estão muito felizes com o que o Papa disse ontem”.

“Vou deixar essa tarefa, a tarefa do Casamento LGBT, para a próxima Assembleia Nacional”, avisou o presidente venezuelano.

A Assembleia Nacional da Venezuela está atualmente sob controle da oposição, que prometeu boicotar a votação, argumentando que Maduro planeja manipulá-la em favor de seu partido.

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