"Competição injusta": atleta transgênero estará na categoria feminina das Olimpíadas

O pastor Franklin Graham já havia alertado sobre as polêmicas e consequências catastróficas da Lei de Igualdade de Gênero.

Fonte: Guiame, com informações de Christian Headlines e CNN BrasilAtualizado: quarta-feira, 23 de junho de 2021 às 18:09
O halterofilista Laurel Hubbard, da Nova Zelândia, será o primeiro atleta transgênero a competir nas Olimpíadas. (Foto: Getty Images)
O halterofilista Laurel Hubbard, da Nova Zelândia, será o primeiro atleta transgênero a competir nas Olimpíadas. (Foto: Getty Images)

Laurel Hubbard, de 43 anos, um levantador de peso transgênero, vai representar a Nova Zelândia nas Olimpíadas, competindo na categoria feminina de 87 quilos, conforme um comunicado divulgado pelo Comitê Olímpico do país.

Hubbard viveu como um homem biológico por 35 anos até fazer a transição de gênero, em 2012. Além de ser o primeiro atleta transgênero a competir nas Olimpíadas, também será o halterofilista mais velho a competir nos jogos.

Segundo o líder do Comitê Olímpico da Nova Zelândia (NZOC), Kereyn Smith, esse é “um momento histórico” para o esporte e para a equipe da Nova Zelândia. “Sou grato pela gentileza e apoio que me foi dado por tantos neozelandeses”, disse Hubbard. 

A competição será justa?

“Nós sabemos que há muitas perguntas sobre a justiça dos atletas transgêneros competindo nos Jogos Olímpicos, mas eu gostaria de aproveitar esta oportunidade para lembrar a todos nós que Hubbard atendeu a todos os critérios exigidos”, disse Smith.

O ministro dos Esportes, Grant Robertson, também apoia o atleta transgênero. “Estamos orgulhosos dela, assim como de todos os nossos atletas, e a apoiaremos em todo o caminho", disse.

Mas, de acordo com o Save Women's Sports Australasia, um grupo que se opõe às mulheres transexuais competindo em esportes femininos, a escolha de Hubbard pelo Comitê Olímpico Internacional foi o resultado de uma "política falha".

Katherine Deves, a co-fundadora do grupo, disse à Reuters que os homens têm uma vantagem de desempenho que se baseia em seu sexo biológico. “Eles nos superam em todas as métricas — velocidade, resistência e força. Deve-se considerar a anatomia, a contração muscular mais rápida e os órgãos maiores”, detalhou.

O presidente da Federação de Halterofilismo de Samoa, Tuaopepe Jerry Wallwork, comparou a escolha de Hubbard ao doping [uso de substâncias proibidas que ajudam no rendimento e resistência física do atleta]. 

“As mulheres precisam ter igualdade de condições. O que estão fazendo é injusto, é uma questão delicada e que precisa ser resolvida. Eu acho que todas as mulheres deveriam se levantar e tentar reverter isso”, aconselhou.

Depois que Hubbard se qualificou com sucesso para a Olimpíada, a halterofilista belga, Anna Vanbellinghen, disse a um site de notícias que a situação era “injusta” e que parecia “uma piada de mau gosto”. 

Hubbard é elegível para competir nas Olimpíadas desde 2015, depois que o COI atualizou suas diretrizes para permitir que qualquer atleta transgênero competisse como mulher, desde que seus níveis de testosterona estivessem dentro dos limites estabelecidos.

Em 2019, Hubbard ganhou uma medalha de ouro nos Jogos do Pacífico e terminou em sexto lugar no Campeonato Mundial daquele ano. Em 2017, conquistou o segundo lugar, também no Campeonato Mundial. 

Opinião teológica

Para o pastor e escritor, Franklin Graham, o que aconteceu é a “Vergonha das Olimpíadas”, pela falta de respeito e proteção ao esporte feminino. “Levou décadas para as mulheres expandirem as oportunidades no atletismo, agora a política do Comitê Olímpico Internacional abre a porta para os machos biológicos aproveitarem essas oportunidades”, disparou através de uma postagem em seu Facebook.

Ele contou que Kuinini Manumua, de 21 anos, perdeu a chance de representar a Nova Zelândia no levantamento de peso. Isso porque um homem biológico, identificando-se como uma mulher, qualificou-se no lugar dela. O halterofilista transexual competiu em eventos masculinos no passado”, lembrou.

Lei de Igualdade

Para o líder cristão Franklin Graham toda essa polêmica tem a ver com as “prioridades congressionais do lobby LGBT”. Ele já havia alertado sobre as “consequências catastróficas" que a Lei de Igualdade geraria.

A Lei da Igualdade, em sua maior parte, acrescenta apenas algumas palavras à Lei dos Direitos Civis de 1964. Em várias partes do texto da lei,  a discriminação é proibida com base na raça, religião, sexo e nacionalidade. As palavras acrescentadas após a palavra “sexo” são “orientação sexual” e ”identidade de gênero”.

O pastor acredita que os cristãos serão perseguidos como nunca por suas crenças. “Os claros ensinamentos da Bíblia sobre os pecados da homossexualidade e do aborto serão, sem dúvida, considerados ‘discursos de ódio’. Será um pesadelo do qual esta nação nunca poderá se recuperar”, finalizou.

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