Cristãos podem se beneficiar com fim dos crimes de honra nos Emirados Árabes Unidos

A flexibilização contém uma série de primeiros passos positivos, incluindo a remoção dos crimes de honra como defesa.

Fonte: Guiame, com informações do G1 e ICCAtualizado: terça-feira, 10 de novembro de 2020 às 14:34
Cristãos participam de culto. (Foto: Reprodução / Gulf News)
Cristãos participam de culto. (Foto: Reprodução / Gulf News)

No sábado (7), os Emirados Árabes Unidos anunciaram a flexibilização das restrições de suas leis islâmicas de liberdade pessoal para o público. A novidade afeta positivamente a vida dos cristãos que vivem no país.

Os EAU estão passando por uma ampla reforma do código penal, que revoga aspectos relacionados à sharia (lei islâmica), segundo a agência oficial de notícias WAM.

Muitos comentaram que isso foi feito como parte de sua tentativa de atrair estrangeiros e investimentos, mostrando tolerância a opiniões diversas. A economia dos Emirados Árabes Unidos depende fortemente de expatriados, que constituem a maior comunidade cristã do país, embora alguns cristãos nacionais existam e sejam principalmente crentes de origem muçulmana.

O xeque Khalifa bin Zayed Al Nahyan, presidente do país, também aprovou uma série de emendas aos artigos do código penal que autorizam casais não casados a viverem juntos, reduzem as penalidades relacionadas ao consumo de álcool e reforçam penalidades para estupro ou assédio sexual.

Assédio e "estupro de menor" ou de "alguém com capacidade mental limitada", por exemplo, terão penas mais severas e os autores também poderão receber a pena de morte, segundo o jornal The National, de Abu Dhabi.

Este é um desenvolvimento positivo substancial, separando os Emirados Árabes Unidos do resto do mundo árabe, onde os crimes de honra acarretam penas fracas (se de fato houver).

Os assassinatos de honra geralmente têm como alvo mulheres e convertidos cristãos.

Embora ainda seja preciso aguardar para ver como essa mudança legal substancial nos Emirados Árabes Unidos será realmente implementada, ela promete melhor proteção para as comunidades minoritárias.

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