Cristãos podem ser proibidos de orar em frente à clínica de aborto, na Inglaterra

As orações realizadas em frente a uma clínica de aborto no distrito de Ealing, em Londres, podem ser barradas.

Fonte: Guiame, com informações de Christian TodayAtualizado: terça-feira, 10 de abril de 2018 às 15:46
Cristãos podem ser proibidos de orar em frente à clínica de aborto. (Foto: Good Counsel Network)
Cristãos podem ser proibidos de orar em frente à clínica de aborto. (Foto: Good Counsel Network)

Cristãos podem ser proibidos de orar em frente a uma clínica de aborto no distrito de Ealing, em Londres, caso uma votação do Conselho do borough seja aprovada na noite desta terça-feira (10).

Ativistas que participam de uma vigília de oração há mais de 20 anos no centro de aborto Marie Stopes, foram acusados ​​de provocar “intimidação, assédio e aflição” para as mulheres que escolheram a abortar.

Uma campanha ganhou apoio generalizado, com mais de 3.000 pessoas assinando uma petição pedindo ao conselho para incutir uma 'zona de amortecimento' significando que nenhum protesto poderia ser permitido dentro de 100 metros da clínica.

Movidos por uma petição assinada por mais de 3 mil pessoas, o Conselho de Ealing irá decidir sobre a imposição de uma ordem de proteção do espaço público em torno da clínica. Caso seja aprovada, as vigílias de oração podem ser proibidas na região.

Em nota, o conselho negou que estivesse criminalizando a oração. “A única oração proibida é aquela que equivale a um ato de aprovação/desaprovação de questões relacionadas aos serviços de aborto. Não é uma proibição geral da oração e aplica-se apenas dentro da zona de segurança definida pela ordem”.

A organização Good Counsel Network, que realiza as vigílias de oração, nega qualquer tipo de assédio. Críticos da medida acreditam que a “zona de proteção” em torno do centro de aborto seria uma censura.

Um grupo de mulheres que desistiram do aborto após se encontrar com os ativistas do lado de fora da clínica deve se manifestar diante da prefeitura de Ealing antes da votação desta noite.

Apoio censurado

Elisabeth Howard, porta-voz da campanha Be Here for Me (“Esteja Aqui Por Mim”, em tradução livre)), disse que o Conselho de Ealing “engoliu a narrativa pró-escolha sem questionar”.

“São as mulheres mais vulneráveis ​​que sofrerão com essa medida. Mulheres que não têm mais para onde ir, que acham que o aborto é sua única opção, mas não querem ter que escolher, mulheres sob pressão de parceiros, familiares ou circunstâncias pessoais. Há uma ajuda prática disponível para essas mulheres, que não é oferecida em outro lugar, e o conselho deseja tirar isso daqui”, disse Howard ao site Christian Today.

“Que tipo de sociedade se recusa a ajudar uma mulher vulnerável?”, questiona Alina, uma das mães alcançadas pela campanha Be Here For Me. “Minha filhinha está aqui hoje por causa do verdadeiro apoio prático e emocional que recebi”.

Jaceline, outra mãe, acrescentou: “Minha filha significa o mundo para mim. É realmente perturbador saber que as pessoas estão tentando proibir o apoio que eu recebi fora da clínica de aborto. Se zonas de censura funcionarem, muitas mulheres que estão em situações semelhantes serão forçadas a fazer abortos que não querem”.

A campanha para as zonas de proteção ao aborto ganhou apoio de políticos, incluindo o prefeito de Londres, Sadiq Khan. “O comportamento que visa atingir deliberadamente as mulheres por assédio e intimidação não deve ser tolerado”, afirmou.

O governo também realizou sua própria consulta sobre assédio e intimidação perto das clínicas de aborto. O Home Office, Ministério do Interior do Reino Unido, anunciou que está revisando as respostas antes de tomar uma decisão.

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