Cristóvão Colombo era judeu, afirma pesquisa em restos mortais do descobridor da América

O documentário "DNA de Colombo: A verdadeira origem” apresenta os resultados de uma pesquisa de 22 anos conduzida pelo especialista forense Miguel Lorente.

Fonte: Guiame, com informações da Fox NewsAtualizado: terça-feira, 15 de outubro de 2024 às 13:57
Retrato do desbravador e navegador Cristóvão Colombo. (Foto: Wikipedia)
Retrato do desbravador e navegador Cristóvão Colombo. (Foto: Wikipedia)

Cientistas espanhóis revelaram em um novo documentário, transmitido no sábado (12), que a análise de DNA indica que o explorador do século XV Cristóvão Colombo era um judeu sefardita da Europa Ocidental.

A palavra "sefardita" deriva de "Sefarad", que significa Espanha em hebraico.

O documentário "DNA de Colombo: A verdadeira origem", exibido pela emissora estatal espanhola TVE, apresenta os resultados de uma pesquisa de 22 anos liderada pelo especialista forense Miguel Lorente, conforme informou a Reuters.

Lorente e sua equipe analisaram amostras de restos mortais enterrados na Catedral de Sevilha, há muito tempo considerada o local de descanso final de Colombo, embora essa alegação tenha sido contestada.

Os pesquisadores compararam o DNA com amostras de parentes e descendentes conhecidos do navegador, que liderou expedições transatlânticas para a coroa espanhola a partir da década de 1490, impulsionando a exploração e colonização europeia das Américas.

"Nós temos DNA de Cristóvão Colombo, muito parcial, mas suficiente. Temos DNA de Hernando Colón, seu filho", disse Lorente no documentário.

"E tanto no cromossomo Y [masculino] quanto no DNA mitocondrial [transmitido pela mãe] de Hernando, há características compatíveis com origem judaica."

300.000 judeus

A Reuters informa que cerca de 300.000 judeus viviam na Espanha antes que os "Reyes Católicos", os monarcas católicos Isabella e Ferdinand, obrigassem judeus e muçulmanos a se converterem ou enfrentarem o exílio.

A expulsão dos judeus da Espanha ocorreu em 1492, o mesmo ano da famosa primeira viagem de Colombo.

Tradicionalmente, acreditava-se que Colombo era originário de Gênova, na Itália, embora historiadores também tenham teorizado que ele poderia ser um judeu espanhol ou talvez grego, basco, português ou britânico.

O estudo de Lorente analisou 25 possíveis locais, mas, no final, só pôde concluir que Colombo nasceu na Europa Ocidental, conforme relatado à Reuters.

Descobridor da América

Colombo nasceu em Gênova, na Itália, por volta de 1451. Ele era um navegador e explorador conhecido por suas expedições marítimas que levaram à descoberta das Américas em 12 de outubro de 1492, ao chegar às ilhas do Caribe, especificamente nas Bahamas, quando navegou sob a bandeira da Espanha.

Em busca de uma rota ocidental para as Índias, Colombo fez quatro viagens ao Novo Mundo, explorando também partes da América Central.

Suas viagens transatlânticas foram fundamentais para o contato entre a Europa e as Américas, embora Colombo nunca tenha compreendido que havia descoberto um novo continente.

Colombo faleceu em Valladolid, na Espanha, em 1506, de acordo com a Reuters.

Seus restos mortais foram levados para a ilha de Hispaniola – atualmente ocupada pela República Dominicana e pelo Haiti – em 1542, onde ele desejava ser enterrado. Posteriormente, foram transferidos para Cuba em 1795.

As autoridades acreditaram por muito tempo que os restos de Colombo foram finalmente devolvidos à Espanha, para Sevilha, em 1898.

Lorente afirmou que sua pesquisa confirmou que os restos mortais na Catedral de Sevilha pertencem de fato a Colombo.

"O resultado é quase absolutamente confiável", disse Lorente.

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