Waldir Maranhão (PP-MA), o atual presidente da Câmara dos Deputados, revogou, na madrugada dessa terça-feira (10) a sua decisão que foi tomada ontem (9) pela manhã. Na ocasião, o parlamentar anulou as sessões plenárias da Câmara em que foi aprovada a admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff.
O texto publicado para a imprensa afirma a decisão tomada. "Revogo a decisão por mim proferida em 9 de maio de 2016 por meio da qual foram anuladas as sessões do plenário da Câmara dos Deputados ocorridas dias 15, 16 e 17 de abril de 2016, nas quais se deliberou sobre a Denúncia por Crime de Responsabilidade nº 1/2015", diz o ofício assinado por Maranhão.
Já a decisão ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi comunicada por meio de um outro ofício. A Secretaria-Geral da Mesa da Câmara recebeu a decisão da revogação logo depois da meia-noite.
Na última segunda-feira, Calheiros decidiu ignorar a decisão do presidente em exercício da Câmara e determinou que Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator do processo na Comissão Especial do Impeachment do Senado, fizesse a leitura do parecer, favorável à admissibilidade do processo no plenário da Casa. A partir disso, começou a contar o prazo de 48 horas para que os senadores votem a admissibilidade e o afastamento da presidenta por 180 dias, o que deve ocorrer nesta quarta-feira (11).
Abaixo-assinado
Um abaixo-assinado online foi criado pela Frente de Mobilização Popular pela abertura de processo no Conselho de Ética contra o deputado federal Waldir Maranhão. Segundo os idealizadores do documento, a decisão do parlamentar de anular a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, atendendo ao pedido da Advocacia-Geral da União, representa uma atitude "descabida e insensata".
O documento foi criado na plataforma online Change e já possui mais de 16 mil assinaturas. De acordo com a Frente, a meta é atingir o apoio de 25 mil pessoas para, posteriormente, o abaixo-assinado ser entregue aos deputados federais: José Carlos Araújo (PR-BA), Sandro Alex (PSD-PR), Paulo Azi DEM/BA, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS) e Giuseppe Vecci (PSDB-GO).
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