O ator Denzel Washington falou sobre sua fé cristã em entrevista ao jornal The New York Times, enquanto divulga seu próximo filme “A Tragédia de Macbeth”, no qual é protagonista.
Ele foi tão enfático que chegou a encorajar a colunista Maureen Dowd a ler a Bíblia e fazer um devocional diário. Ele também advertiu a jornalista a não “brincar com Deus”, quando ela fez uma pergunta sobre falar em línguas.
O artigo intitulado “Denzel Washington: Homem de Fogo” mergulha profundamente na fé do ator, que se descreve como “um homem temente a Deus”.
Em uma série de perguntas rápidas, Maureen Dowd perguntou a Denzel, que cresceu na Igreja Pentecostal de Deus em Cristo, se ele havia experimentado a glossolalia (isto é, falar em línguas). O ator simplesmente respondeu: “Não brinque com Deus. Não brinque com Deus. Você ouviu o que eu disse? Não brinque com Deus. Você ouviu o que eu disse? Não brinque com Deus.”
O ator revelou que fez uma promessa à sua falecida mãe que tentaria viver de uma forma que “honrasse a ela e a Deus”. “Então é isso que estou tentando fazer”, ele observa. Lennis, mãe de Denzel, faleceu em junho de 2021.
Ele lembra que seu esforço para “deixá-la orgulhosa” depende da sua disposição em ajudar o próximo. “O que eu faço e o que fiz — tudo isso — vai me ajudar no último dia da minha vida? É tudo sobre: quem você levantou? Quem nós ajudamos a ser melhor?”, questionou.
“Esta é uma guerra espiritual”, Washington acrescenta. “Então, não estou olhando para isso de uma perspectiva terrena. Se você não tiver uma âncora espiritual, será facilmente levado pelo vento e será levado à depressão”.
O ator, que é filho de um pregador pentecostal, perguntou à jornalista: “Você leu a Bíblia?” Ele ainda a aconselhou: “Comece com o Novo Testamento, porque o Antigo Testamento é mais difícil. Você é pego na coisa de quem-gerou-quem”.
Washington também incentivou a colunista do New York Times a ler The Daily Word (“A Palavra Diária”), um aplicativo devocional que oferece mensagens inspiradoras todos os dias.
“Você tem que encher o balde todas as manhãs. É difícil lá fora”, disse Washington à jornalista. “Você sai de casa pela manhã. Lá vêm eles, nos desgastando. No final do dia, você precisa reabastecer aquele balde. Nós discernimos o certo do errado”.
Amantes de nós mesmos
Washington também reconhece que sua maior batalha é contra si mesmo.
“O inimigo é meu eu interior”, afirma. “A Bíblia diz que nos últimos dias — não sei se estamos nos últimos dias, não cabe a mim saber — mas diz que seremos amantes de nós mesmos. A fotografia nº 1 de hoje é uma selfie: 'Eu no protesto.' 'Eu com o fogo.' 'Me siga.' 'Me escute.'”
“Estamos vivendo em uma época em que as pessoas estão dispostas a fazer qualquer coisa para serem seguidas. Qual é o efeito em longo ou curto prazo de ter muitas informações? Está indo rápido e pode ser manipulador em uma infinidade de maneiras. E as pessoas são levadas como ovelhas ao matadouro”, continuou Washington.
O ator disse ainda que no céu “haverá duas filas: a fila longa e a fila curta. E estou interessado em estar na fila curta”.
Por fim, falando sobre o lançamento de “A Tragédia de Macbeth”, Denzel lembra que o diretor do filme, Joel Cohen, brincou dizendo que não tinha medo da “maldição de Macbeth” até que o mundo fechasse devido à pandemia em março de 2020.
Washington, por outro lado, nunca deu uma indicação de que estava preocupado. “Sou um homem temente a Deus. Tento não me preocupar. O medo é a fé contaminada”, ele.
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