Diversos tiros foram disparados de um veículo contra a embaixada dos Estados Unidos na capital da Turquia nesta segunda-feira (20), em um momento de tensão entre os dois países por causa da prisão de um pastor norte-americano.
Um veículo branco em movimento disparou seis tiros contra o portão de segurança da embaixada por volta de 5h30 da manhã (horário local). Três balas atingiram uma porta de ferro e uma janela, segundo o gabinete do governador de Ancara.
O ataque acontece no momento da disputa entre os dois países sobre o julgamento do pastor Andrew Brunson, detido há quase dois anos na Turquia sob acusação de terrorismo e espionagem.
Ninguém foi ferido no ataque, já que a embaixada está fechada nesta semana devido ao feriado que marca o festival islâmico Eid al-Adha.
“Podemos confirmar que um incidente de segurança aconteceu na embaixada dos Estados Unidos no início desta manhã. Não temos relatos de qualquer ferido e estamos investigando os detalhes. Agradecemos à Polícia Nacional da Turquia por sua rápida resposta”, disse o porta-voz da embaixada, David Gainer.
O porta-voz do presidente turco, Tayyip Erdogan, condenou o ataque e afirmou que o incidente está sendo investigado. “Essa é uma clara tentativa de criar caos. A Turquia é um país seguro e todas as missões internacionais estão sob a garantia das leis”, disse o Ibarahim Kalin no Twitter.
Apoio de Donald Trump
O presidente dos EUA, Donald Trump, deixou claro na última sexta-feira (17) que continuará lutando pela liberdade de Brunson e não irá ceder às exigências da Turquia, em comunicado feito na Casa Branca.
“Eles deviam ter devolvido ele há muito tempo. A Turquia, na minha opinião, agiu muito, muito mal”, afirmou Trump a repórteres. “Nós não vimos o fim disso. Nós não vamos lidar com isso sentados. Eles não podem levar nosso povo.”
Na quinta-feira (16), o presidente enviou uma mensagem diretamente ao pastor Andrew no Twitter. “A Turquia se aproveitou dos EUA durante muitos anos. Agora eles estão segurando o nosso maravilhoso pastor cristão, que eu devo pedir para representar o nosso país como um grande refém patriota. Não vamos pagar nada pela libertação de um homem inocente, mas vamos a cortar a Turquia!”.
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