Enfermeira cristã que se negou chamar pedófilo por pronome trans é demitida

Jennifer Melle sofreu ameaças e agressões racistas do paciente criminoso. Após seu caso repercutir na imprensa, ela foi dispensada do hospital.

Fonte: Guiame, com informações de Christian ConcernAtualizado: segunda-feira, 7 de abril de 2025 às 19:11
Jennifer Melle. (Foto: Christian Legal Center).
Jennifer Melle. (Foto: Christian Legal Center).

Jennifer Melle, a enfermeira cristã que foi investigada por se negar a chamar um paciente pedófilo por seu pronome trans, foi demitida nesta semana, na Inglaterra.

O agressor sexual infantil, que se identifica como mulher, está detido em uma prisão de segurança máxima após ser condenado por abusar de meninos, que atraiu fingindo ser uma adolescente nas redes sociais.

O pedófilo foi atendido por Jennifer em maio de 2024, no Epsom and St Helier University Hospital Trust, em Londres, onde a cristã trabalhava.

Em uma ligação com um médico, a enfermeira cristã chamou o paciente de “senhor”. “O ‘Sr. X’ gostaria de receber alta por conta própria”, disse ela. Ao ouvir a conversa, o pedófilo gritou enfurecido: “Não me chame de senhor! Eu sou uma mulher!".

Após receber instruções do médico sobre qual medicamento administrar ao paciente antes de sua alta, Jennifer disse aos trans, educadamente: "Lamento não poder me referir a você como ela, pois é contra minha fé e valores cristãos, mas posso chamá-lo pelo seu nome".

Agredida verbalmente e vítima de racismo

Em seguida, a enfermeira começou a informá-lo sobre o que o médico havia dito, mas foi interrompida pelas agressões verbais e racistas do criminoso.

“Imagine se eu te chamasse de negra. Que tal eu te chamar de negra? Sim, preta negra!”, gritou o homem.

Jennifer avisou que se continuasse xingando teria que chamar os seguranças do hospital. Então, o criminoso tentou agredir a cristã e a perseguiu até a saída da sala, quando os policiais o contiveram.

E ele ameaçou: “Quero seu nome e número do NHS e vou denunciá-la à polícia por homofobia e ao Serviço de Aconselhamento e Ligação Infantil (PALS)”.

Mesmo sendo vítima de um ataque, a gerente da ala de Jennifer informou que ela tinha que respeitar a "igualdade e diversidade" de acordo com o código de conduta do Conselho de Enfermagem e Obstetrícia, e foi pressionada a contar o que aconteceu à direção do hospital.

A enfermeira respondeu que respeitava a orientação sexual das pessoas, mas questionou porque suas crenças não eram respeitadas, afirmando que não podia negar a realidade biológica.

Punida pelo Conselho de Enfermagem

Jennifer Melle foi investigada e punida pelo NHS, o sistema de saúde da Inglaterra. No relatório da investigação, ela foi acusada de "não respeitar a identidade preferida do paciente".

Em outubro de 2024, a cristã foi convocada para uma audiência disciplinar, recebeu uma advertência final por escrito e foi encaminhada ao Conselho de Enfermagem e Obstetrícia (NMC).

O Conselho também declarou que Jennifer é "um risco potencial" por não usar a "identidade de gênero" preferida do paciente pedófilo.

Logo depois, a enfermeira foi transferida para outra ala do hospital e rebaixada de cargo. Além disso, seu nome foi apagado do sistema interno, dificultando que ela peça turnos extras para complementar sua renda.

Com sua carreira em risco, Jennifer entrou com uma ação contra o NHS, por assédio, discriminação e interferência em sua liberdade religiosa, com o apoio da Christian Legal Center, que defente os direitos religiosos.

Repercussão na imprensa

O caso repercutiu na imprensa no mês passado e ganhou destaques em vários jornais. 

Após saber da situação, colegas do Hospital St Helier elogiaram e agradeceram por se posicionar com coragem por sua liberdade religiosa.

Porém, o clima no hospital mudou rapidamente quando a equipe foi instruída a não falar publicamente sobre o caso ou falar com Jennifer sobre isso.

No dia seguinte, a cristã foi convocada para uma reunião informal com a enfermeira-chefe em uma cabine de porteiro nos fundos do hospital. Jennifer foi informada que violou a confidencialidade de informações no trabalho e que estava sendo demitida.

Ela foi ordenada a recolher seus pertences e foi escoltada para fora do local em lágrimas. “Estou arrasada por ter sido suspensa simplesmente por denunciar. Até hoje, nem me disseram o que supostamente fiz de errado”, declarou ele, após a demissão.

A autora JK Rowling expressou indignação e apoio à enfermeira. Ela chamou sua suspensão de "obscena".

Kemi Badenoch, membro conservadora do Parlamento inglês também se manifestou: “Ela tem todo o meu apoio. É hora de o governo intervir para deixar claro que ninguém deve ser punido no trabalho por declarar a realidade biológica aos pedófilos".

Jennifer segue sendo investigada pelo NHS. “Fui colocada em risco, mas estou sendo tratada como uma criminosa. Mas estou confiando em Jesus para cuidar de mim. Tenho que tomar uma posição sobre esta questão e estou preocupada com quantos outros trabalhadores do NHS estão sofrendo em silêncio durante experiências semelhantes”, comentou ela.

Liberdade religiosa atacada

A situação de Jennifer é a mais recente de uma série de casos em que a política do NHS apoia a ideologia trans a qualquer custo.

Para Andrea Williams, executiva-chefe do Christian Legal Center, o tratamento do NHS é injusto e desigual.

"O NHS parece permanecer capturado pela ideologia transgênero a ponto de estar preparado para apoiar um pedófilo condenado, que estava claramente muito perturbado e gritando comentários racistas, do que a enfermeira cristã”, condenou Andrea.

“É hora de o governo impedir que as políticas de igualdade e diversidade sejam usadas como arma no NHS para punir enfermeiras inocentes que estão apenas fazendo seu trabalho”, defendeu ela.

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