Escola não pode impedir inclusão de material satânico na biblioteca, segundo diretoria

O Distrito Escolar Delta, no Colorado informou que suas políticas de administração só os levam proibir materiais que promovam a hostilidade, violência, fins comerciais por publicidade de um produto, a candidatura em uma eleição ou que sejam obscenos / pornográficos.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quarta-feira, 30 de março de 2016 às 15:36
Livretos e panfletos que pregam o ateísmo sendo expostos no Distrito Escolar Delta, no Colorado. (Imagem: Facebook / WCAAF)
Livretos e panfletos que pregam o ateísmo sendo expostos no Distrito Escolar Delta, no Colorado. (Imagem: Facebook / WCAAF)

O Distrito Escolar do Condado de Delta, no Estado do Colorado (EUA) afirmou que, conforme as políticas de administração, os grupos ateus estão permitidos a prosseguir com o seu plano de distribuir literaturas com material, não apenas secular, mas também satânico nas bibliotecas escolares.

As organizações "Western Colorado Atheists and Freethinkers" ("Ateístas e Pensadores Livres Ocidentais do Colorado") e a "Freedom From Religion Foundation" ("Fundação Liberdade de Religião") irão incluir suas literaturas em uma tabela das bibliotecas do ensino médio no Distrito Escolar. A medida seria uma resposta à distribuição de exemplares do Novo Testamento pelos Gideões nas escolas, de acordo com a mídia local.

Ao que tudo indica, os grupos ateístas estão até mesmo aceitando o apoio de um grupo religioso nesta campanha. Além de distribuir a literatura satânica - que inevitavelmente carregam os conceitos de uma seita / religião -  as organizações responsáveis por esta iniciativa, também estariam contando com o apoio do templo satânico neste programa de inclusão das literaturas nas escolas.

Um dos novos broches que os grupos têm preparado para os alunos do ensino médio traz frase "Não há problema em não acreditar em Deus!".

"Elfos, unicórnios, deuses, anjos, fadas, fantasmas, Papai Noel e a fada dos dentes. ... Todas essas criaturas mitológicas têm uma função na mente humana", diz um folheto que divulga a campanha. "Deuses foram inventados para explicar fenômenos naturais, como trovões e relâmpagos. ... Eles ensinam as crianças que Jesus Cristo foi pregado em uma cruz por causa de seus pecados e seu coração enganoso. Estes programas são projetados para envergonhar e aterrorizar as crianças em sua apresentação e silêncio, e ensiná-las a não fazer perguntas...".

Muitos pais estão alarmados e indignados com a distribuição de material satânico nas escolas de seus filhos. Mas Kurt Clay, superintendente assistente do Distrito Escolar Delta, afirmou que eles têm de permitir que todos os tipos de informações estejam disponíveis para os estudantes, assim como eles também recebem literaturas de outras organizações, como os escoteiros e outras mais.

Segundo o Distrito, a política por eles adotada não permite a discriminação contra quaisquer grupos ou organizações em relação a materiais não-curriculares. Só são proibidos materiais que promove a hostilidade ou à violência, fins comerciais por publicidade de um produto, que promovam a candidatura em uma eleição e seja obscenos ou pornográficos.

Cerca de quatro meses atrás, exemplares bíblicos dos Gideões Internacionais foram disponibilizados para os alunos em bibliotecas escolares, o que levou os ateus a planejarem a distribuição de material ateísta e satânico.

Agora, o distrito escolar está buscando rever a sua política para permitir que materiais benéficos aos estudantes estejam disponíveis aos estudantes, mas isto não inclui questões religiosas ou crenças.

No início deste mês, o advogado Andrew Seidel, da "Fredom From Religion" escreveu aos funcionários do distrito escolar que "as escolas públicas já tentaram negar a permissão ao grupo ateísta de distribuir as literaturas. ... Isso resultou em um processo que custou às Escolas Públicas do Condado, quase 90.000 dólares e as escolas acabaram permitindo toda a distribuição das literaturas.

Candi Cushman, analista de educação especializada em Família, em Colorado Springs, disse anteriormente ao site 'Christian Post' que se sentia que o "bom senso e os padrões de decência devem ser aplicados a este caso".

"A partir das imagens exibidas na televisão e relatórios recentes sobre esta história, parece que alguns dos materiais podem ser depreciativos com relação a outros pontos de vista religiosos e até mesmo lascivos em suas representações", disse Cushman.

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