O Estado Islâmico celebrou o ataque terrorista, ocorrido em São Petersburgo (Rússia), na última segunda-feira (3), que matou 14 pessoas. O grupo terrorista chamou a ação de "inferno para os adoradores da Cruz", enquanto as autoridades identificavam o suspeito da explosão de uma bomba como um cidadão russo nascido no Quirguistão.
"Pedimos a Alá para abençoar a operação realizada pelos leões do Califado, pedimos a Alá para matar os cruzados [cristãos e outros ocidentais]", disse um partidário do Estado Islâmico no fórum on-line 'al-Minbar', ligado ao grupo terrorista, de acordo com o site 'Vocativ'.
Outros jihadistas disseram que as explosões de segunda-feira, que feriram pelo menos mais 45 pessoas, transformaram o metrô [de São Petersburgo] em um "inferno para os adoradores da Cruz", uma expressão que usaram com frequência em outros ataques terroristas para se referir aos cristãos.
Os defensores do grupo terrorista radical também alegaram que o ataque foi uma vingança pelo apoio da Rússia ao presidente sírio, Bashar al-Assad, que está lutando contra o Estado Islâmico e outros grupos rebeldes islâmicos pelo controle sobre a Síria.
A Reuters informou que a explosão criou um "buraco enorme na lateral de um dos vagões do metrõ e explodiu a porta, fazendo com que destroços de metal se espalhassem pela plataforma".
A Força Nacional Anti-Terrorismo também descobriu outro dispositivo explosivo em outra estação, mas esta bomba foi desarmada a tempo.
Todas as estações de metrô de São Petersburgo foram fechadas e, embora as autoridades russas tenham descrito o incidente como um ataque terrorista, ainda não identificaram qual grupo especificamente estaria por trás da operação.
Agentes policiais russos revelaram que o principal suspeito de ter realizado o atentado suicida no metrô é Akbarzhon Jalilov, nascido na cidade de Osh (Quirguistão), em 1995.
A BBC News informou que 14 pessoas foram mortas na explosão e que a cidade russa declarou três dias de luto pelos mortos.
O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse que o bombardeio "mais uma vez mostra a importância de intensificar os esforços conjuntos para combater este mal".
Líderes mundiais, incluindo o presidente dos EUA, Donald Trump, ofereceram seu "apoio total" ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, que é natural de São Petersburgo.
"Tanto o Presidente Trump como o Presidente Putin concordaram que o terrorismo deve ser derrotado de forma decisiva e rápida", disse uma declaração emitida pela Casa Branca.
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May acrescentou: "Isso mostra a terrível ameaça terrorista que todos nós enfrentamos".
"Estou muito certa, como o povo do Reino Unido se manteve após o ataque em Londres, que vamos prevalecer. Os terroristas não vão vencer", disse May.
Grupos islâmicos já atacaram os sistemas russos de metrô, como uma explosão que matou 38 pessoas em 2010 em um metrô de Moscou e uma explosão em 2011 em um trem entre Moscou e São Petersburgo que matou outras 27.
O Estado Islâmico tem se referido a várias nações europeias como "cruzadas", devido a suas participações em operações antiterroristas e se orgulha em registrar a execução de grupos de cristãos em várias ocasiões.
Em 2014, por exemplo, o grupo terrorista chocou o mundo ao divulgar um vídeo no qual filmou a execução de 21 cristãos coptas na infame "Mensagem assinada com sangue para a nação da cruz". Os homens foram assassinados por se recusarem a negar a sua fé em Jesus Cristo.
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