Estado Islâmico é suspeito de atentados com bombas, que mataram mais de 90 pessoas, na Turquia

Dezenas de suspeitos já foram presos em todo o país. Os ataques aconteceram durante um comício pela paz, em Ancara, capital da Turquia.

Fonte: Guiame, com informações do Express / UKAtualizado: domingo, 11 de outubro de 2015 às 19:07
Polícia usa gás lacrimogêneo durante os protestos contra o ataque em Ancara (Foto: Express)
Polícia usa gás lacrimogêneo durante os protestos contra o ataque em Ancara (Foto: Express)

Autoridades turcas prenderam dezenas de indivíduos suspeitos de ter ligações com o grupo militante Estado Islâmico, segundo o jornal diário (pró-governo) 'Sabah' informou neste domingo. As prisões ocorreram um dia depois de dois ataques suicidas, envolvendo explosões e mataram pelo menos 95 pessoas em um comício pela paz, em Ancara, capital da Turquia, marcando o ataque mais mortal dos últimos anos, na história turca.

Pelo menos uma das 36 pessoas detidas pela polícia domingo é suspeita de arranjar acomodações para militantes do EI. A polícia invadiu um apartamento do homem, identificado apenas como IC, onde pessoas da França, Itália, Indonésia, Arábia Saudita, Alemanha, Tunísia e Egito foram supostamente hospedadas.

Outras 14 pessoas foram presas em operações de combate ao terrorismo na cidade de Konya (região central da Turquia) e outras 14 no sul da cidade turca de Sanliurfa. As autoridades policiais não forneceram detalhes sobre as prisões, mas disseram que a polícia apreendeu "documentos organizacionais". Mais sete pessoas foram presas na cidade costeira de Izmir, onde uma pistola sem registro e um rifle também foram apreendidos.

A suspeita de responsabilidade pelo ataque rapidamente recaiu sobre o Estado Islâmico ou o partido militante dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que relançou recentemente uma guerra contra o Estado turco. Mas o primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, disse que outros dois grupos de esquerda à margem da lei, também poderiam ter sido responsáveis. O governo decretou três dias de luto após os ataques do último sábado (10).

As tensões aumentaram na Turquia desde julho, quando um atentado matou dezenas de ativistas de esquerda no sul da cidade turca de Sanliurfa. Embora o homem-bomba fosse um simpatizante do Estado Islâmico, militantes curdos imediatamente culparam a falha do governo turco em conter a propagação da EI e lançaram uma série de ataques de retaliação contra as forças de segurança turcas.

Os ataques de sábado ocorreram em um comício pela paz, para o fim da guerra de meses de duração entre as forças de segurança turcas e grupos militantes curdos.

Após o ataque, o PKK propôs um cessar-fogo, mas os combates entre militantes curdos e o governo têm continuado, enquanto os militares turcos continuaram a lançar ataques aéreos de domingo e dois soldados turcos foram mortos.

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