Europa tem menor número de mortos em semanas e flexibiliza isolamento

Países como Itália, Espanha e França registraram no domingo (26) o menor número de mortes em semanas.

Fonte: Guiame, com informações do EstadãoAtualizado: terça-feira, 28 de abril de 2020 às 16:57
Mulher usa máscara de proteção perto do Arco do Triunfo, em Paris, na França. (Foto: Gonzalo Fuentes/Reuters)
Mulher usa máscara de proteção perto do Arco do Triunfo, em Paris, na França. (Foto: Gonzalo Fuentes/Reuters)

Os países da Europa que foram mais prejudicados pela pandemia do coronavírus registraram neste domingo (26) o menor número de mortes em semanas. São mais de 935 mil pessoas recuperadas em todo o mundo dentro de três milhões contagiadas.

Itália, Espanha e França, que representam 35% do total de mortos no mundo, registraram no domingo a maior queda no número de mortes em semanas. 

Foram 260 mortes na Itália, 242 na França e 288 na Espanha. Os espanhóis e os franceses não viam um número tão baixo há cinco semanas. Para os italianos, foi o menor número em seis semanas.  

Somados, os três países têm mais de 72 mil mortes e quase 586 mil casos confirmados, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos.  Com 53 mil mortos e 956 mil pessoas infectadas, os EUA continuam sendo o atual epicentro da pandemia.  

Com a tendência de recuo observada há dias, muitos governos estão desenvolvendo medidas para flexibilizar o isolamento social. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que o relaxamento seja feito de maneira lenta e gradual.

O governo italiano planeja reabrir aos poucos a economia a partir do dia 4 de maio e deve apresentar um plano esta semana.  

Desde 14 de março, a Itália vinha registrando mais de 300 mortes por dia — um número baixo comparado aos dias de pico, quando chegava a ultrapassar 1 mil mortos. A região mais afetada é a Lombardia, onde houve metade das mortes no país (13.325) seguida por Emilia-Romana, com 3.386 mortos e Piemonte, com 2.823.  

“Temos de manter o risco o mais baixo possível e evitar um novo aumento das infecções, estabilizando o número de pacientes em terapia intensiva”, afirmou Franco Locatelli, presidente do Conselho Superior de Saúde, órgão consultivo do governo italiano. “Apesar dos avanços, não saímos da tormenta. Temos de continuar com as medidas de distanciamento social e outras que deram resultados concretos no combate ao vírus”.

O primeiro-ministro da França, Edouard Philippe, também apresentará nesta semana o plano de flexibilização do confinamento que, segundo previsão, deve começar no dia 11 de maio.

Em um leve relaxamento do confinamento em vigor na Espanha, crianças começaram a dar pequenos passeios e a brincar na rua, depois de seis semanas trancadas em suas casas. Mas é preciso estar acompanhado de um adulto e fazer isso no máximo uma hora por dia.

A população da Espanha está em confinamento desde 14 de março. Os maiores de 14 anos podem sair sozinhos, mas com autorização, somente para fazer compras ou passear com os cachorros.  

No domingo, a Espanha registrou 288 óbitos, o menor número desde 20 de março. No total, são 23.190 mortos, colocando o país como o terceiro mais afetado, atrás dos EUA e Itália. Por outro lado, o país tem quase 100 mil curados e a pressão sobre instalações médicas também foi reduzida.  

“Estamos consolidando a queda”, afirmou o ministro da Saúde, Salvador Illa.  

A flexibilização do confinamento na Espanha é apoiada por Fernando Simón, epidemiologista integrante do Ministério da Saúde. As autoridades acreditam que o pico da pandemia já foi superado. 

Outros países europeus como Alemanha, Áustria, Dinamarca e República Checa já iniciaram uma abertura lenta e gradual de suas economias após semanas de confinamento.

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