Itália tem recorde de pacientes curados e prevê fim da pior fase do Covid-19

Relatórios indicam o aumento da cura de pessoas infectadas pelo coronavírus e a diminuição de novos doentes na Itália.

Fonte: Guiame, com informações da RFIAtualizado: segunda-feira, 20 de abril de 2020 às 11:52
Equipe médica ajuda pacientes dentro do hospital Spedali Civili em Brescia, na Itália. (Foto: Flavio Lo Salzo/Reuters)
Equipe médica ajuda pacientes dentro do hospital Spedali Civili em Brescia, na Itália. (Foto: Flavio Lo Salzo/Reuters)

A Itália, epicentro do novo coronavírus na Europa, tem visto a quantidade de pacientes diminuir nas UTIs há um mês. O aumento da cura de pessoas infectadas pelo Covid-19 indica que o país está no fim da pior fase da doença.

O chefe da Proteção Civil da Itália, Angelo Borrelli, mostrou sua satisfação ao anunciar a cura de mais de 2.500 contaminados pelo coronavírus em apenas um dia, de acordo com a agência de notícias francesa RFI. 

“Em 3 de abril tínhamos 4.068 pacientes nas UTIs, hoje temos um pouco mais de 2.800”, um número inédito desde 20 de março, diz Franco Locatelli, presidente do Conselho Superior da Saúde da Itália. Ele indica que “a pressão nos hospitais foi claramente aliviada” nos últimos dias.

Com o anúncio de 575 mortes em 24 horas na sexta-feira (17), a Itália registra 23 mil óbitos desde o início da epidemia. Por outro lado, em cidades como Nápoles, Bolonha, Veneza, Florença e Roma, o número de contaminados nos hospitais vem baixando a cada dia.

Para despertar ainda mais otimismo, em mais de 65 mil testes realizados em um dia — um recorde no país — apenas 5% acusaram positivo ao coronavírus. Para Locatelli, essa é uma prova “da eficácia das medidas de confinamento tomadas para barrar o contágio”. 

“Tudo isso nos ajuda a tomar consciência do grande trabalho realizado nos hospitais e da colaboração dos cidadãos”, disse o presidente do Conselho Superior da Saúde da Itália.

Na província de Bérgamo, uma das regiões mais afetadas pela pandemia no norte da Itália, a igreja que abrigava os corpos de falecidos devido ao Covid-19 voltou a ser como antes.

“A igreja do cemitério de Bérgamo está vazia. Finalmente”, disse o prefeito de Bérgamo, Giorgio Gori, em imagem publicada no Twitter no sábado (18).


“A igreja do cemitério de Bérgamo está vazia. Finalmente”, disse o prefeito de Bérgamo, Giorgio Gori, no Twitter. (Foto: Giorgio Gori/Twitter)

Saída do confinamento 

Com a redução da quantidade de doentes, a Itália está se preparando para deixar o confinamento. O governador da Lombardia, Atilio Fontana, anunciou que pretende reabrir a região em 4 de maio.

As medidas restritas de isolamento social estão em vigor de 9 de março até 3 de maio. O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, tem sofrido uma forte pressão do empresariado pela reabertura de lojas e comércios.

A saída do confinamento é apoiada por alguns membros do governo, como a ministra da Família, Elena Bonetti. “Algo precisa mudar nas duas próximas semanas para as crianças. Nossas crianças têm o direito de brincar!”.

Já as autoridades do sul do país — menos atingido pelo coronavírus — temem uma volta à normalidade prematura. Vicenzo De Luca, governador da região de Campânia, sugeriu decretar a proibição da entrada de italianos do norte caso o confinamento atinja toda a população.

A pandemia do novo coronavírus causou mais de 165 mil mortes no mundo desde que teve início em dezembro passado, na China. Os Estados Unidos são o país que mais registraram mortes: são mais de 41 mil vítimas, na frente da Itália (mais de 23 mil mortos), Espanha (mais de 21 mil mortos), França (mais de 19 mil mortos) e Reino Unido (mais de 16 mil mortos).

Desde o começo da epidemia foram contabilizados 2.406.745 casos de contágio em 193 países ou territórios — sendo mais de 1,1 milhão deles na Europa. As autoridades consideram que até agora, cerca de 625 mil pessoas se curaram da Covid-19.

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