Ex-apoiadora LGBT é demitida de universidade após se tornar cristã nos EUA

Teona Pagan foi demitida da Universidade da Cidade de Nova York após pedir um acordo para não supervisionar uma irmandade LGBT, por motivos religiosos.

Fonte: Guiame, com informações de CBN NewsAtualizado: quinta-feira, 3 de outubro de 2024 às 19:42
Teona Pagan. (Foto: Reprodução/YouTube/CBN News).
Teona Pagan. (Foto: Reprodução/YouTube/CBN News).

Uma ex-funcionária cristã da Universidade da Cidade de Nova York, nos Estados Unidos, denunciou que foi demitida após se converter a Jesus.

Teona Pagan trabalhava como coordenadora do programa de bolsas e serviço público da Fundação de Pesquisa da faculdade pública. Ela explicou que era responsável por ajudar "os alunos a perseguirem seus sonhos por meio de diferentes bolsas".

"[Eu] estava encarregada de fazer a curadoria desses programas para garantir que, quando os alunos pudessem buscar esses estágios, esses sonhos e esses objetivos, pudéssemos não apenas dar a eles um cheque para fazê-lo, mas pudéssemos selecionar um programa por trás de qualquer que fosse esse interesse", disse Teona, em entrevista à CBN News.

Segundo Pagan, tudo começou depois que ela se tornou cristã devota. "Sempre acreditei em Deus, mas definitivamente comecei a correr atrás Dele em abril de 2022”, relatou.

E continuou: “Com isso vem muita responsabilidade. [Deus] nos diz para negar a nós mesmos, pegar uma cruz e segui-lo, e, então, isso vem com muita convicção, e isso vem com muita garantia de que eu vivi de acordo com o que estava pregando”.

Fé no trabalho

Entretanto, a jovem sentia que não estava vivendo sua fé no trabalho, apenas na sua igreja e em outras áreas de sua vida. Pagan começou a se sentir culpada por supervisionar uma irmandade LGBT, que fazia parte de seu trabalho.

Ela já tinha sido uma apoiadora do movimento LGBT, mas ao se converter e entender os princípios da Bíblia para os relacionamentos, deixou de apoiar e sentiu que estava violando sua fé ao continuar atuando na área.

"Depois que fui salva, tudo mudou para mim. Eu era uma defensora de todas essas coisas que têm a face da mudança social, mas por trás disso está o pecado e nada além de ir contra a Palavra de Deus", afirmou.

"Eu não me sentia confortável em continuar fazendo isso. Mas não acordei um dia e decidi recusar a fazer meu trabalho. Foi oração, foi jejum, foi consultar minha liderança espiritual”, ressaltou Teona.

Acordo recusado

Então, a profissional pediu um acordo por motivos religiosos para não mais supervisionar a irmandade LGBT.

“Eu sabia que era possível porque essa era uma parte tão pequena do meu trabalho. E eu tinha outros membros da equipe e outras pessoas no trabalho que poderiam me ajudar com isso”, observou ela.

O acordo foi negado pela universidade e Teona foi colocada em licença administrativa e impedida de entrar no campus. Logo depois, a cristã foi demitida.

Em agosto deste ano, ela entrou com uma ação na Justiça por ter sido demitida por sua fé. Teona também apresentou uma queixa à Comissão de Oportunidades Iguais de Emprego dos EUA (EEOC), a agência federal que lida com a discriminação no local de trabalho.

“Não é surpreendente, porque há muita hostilidade e retaliação contra os cristãos no local de trabalho e no mundo em geral nos dias de hoje", declarou Kristina Heuser, advogada de Pagan.

E acrescentou: "Estou muito orgulhosa de [Teona] porque é realmente uma coisa difícil de fazer, especialmente para uma jovem, tomar uma posição como essa, e ela está fazendo a coisa certa – e seu empregador claramente violou a lei”.

Teona disse que espera que o processo inspire outros jovens que temem defender sua fé. 

"Haverá uma oportunidade, mesmo que não tenhamos uma vitória no nível do tribunal distrital, para apelarmos e potencialmente fazermos uma nova lei e estabelecermos precedentes para que haja barreiras legais claras para as pessoas retaliarem contra pessoas de fé no local de trabalho", declarou ela. 

E destacou: "Então, é importante que assumamos essa luta tanto no lado cultural quanto no lado legal, e estou muito honrada e abençoada por fazer parte disso”.

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