Uma manifestante feminista que estava sem a parte de cima de suas roupas foi detida pela polícia do Vaticano na última segunda-feira (25), após tentar roubar uma estátua do menino Jesus de um presépio armado Vaticano. O incidente aconteceu quando milhares de pessoas se reuniram na Praça de São Pedro para ouvir a mensagem do Dia do Natal, ministrada pelo papa Francisco.
A mulher, que estava usando apenas calças e sapatos, faz parte da organização feminista internacional Femen. O grupo tornou-se conhecido por enviar ativistas seminuas para protestar contra líderes mundiais e organizações cristãs.
Identificada pelo Femen como uma "extremista sexual", a mulher ucraniana Alisa Vinogradova, tinha a frase "Deus é mulher" escrita em suas costas.
O grupo feminista afirmou que o ato deveria ser um protesto contra a "violação do Vaticano contra os direitos das mulheres sobre seus próprios corpos". As infracções alegadas incluíram a "promoção da proibição do aborto" pela Santa Sé e a "condenação sagrada" de contracepção.
O 'quase roubo' foi frustrado pela polícia do Vaticano, antes que a mulher pudesse fugir do presépio com a estátua do menino Jesus.
As igrejas - católicas e evangélicas - tem sido alvo de ativistas feministas e LGBT's por suas políticas e visões bíblicas sobre as mulheres na sociedade. Em 2014, o grupo já havia tentado roubar outra estátua do menino Jesus de um presépio no Vaticano.
Ambas as tentativas de furto não tiveram sucesso, mas o grupo continua a disseminar a mesma mensagem: "Uma criança não é de um deus, mas de uma mulher! Porque uma mulher é Deus!".
No Brasil
Em 2015, uma ex-feminista brasileira movimentou as redes sociais ao pedir perdão aos cristãos e reconhecer que as ações das quais ela participou - como um beijo lésbico em frente à Igreja da Candelária, no Centro do Rio de Janeiro - foram de fato um erro e uma agressão à liberdade religiosa.
"Pedir desculpas com certeza não é um ato fácil, mas é um ato louvável e de muita coragem", desabafou Sara Winter na época. "Nós exageramos muito e acabamos ofendendo muitas pessoas religiosas e não religiosas por conta desse protesto".
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