Um ex-funcionário do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), o físico Gerald Lawrence Schroeder, acredita que a ciência não desmente a existência de Deus, ao contrário, dá suporte às Escrituras Sagradas.
“Há cinquenta anos, a esmagadora opinião científica era de que o universo era eterno, de que nunca houve um começo, de que a Bíblia estava errada desde sua primeira frase”, conta Schroeder. “Da noite para o dia aprendemos que a Bíblia tinha razão, o universo teve um início”.
Schroeder afirma que a ciência fez descobertas que já estavam descritas na Bíblia. “Veja o que a ciência descobriu: podemos criar o universo a partir do nada absoluto desde que tenhamos as leis da natureza. As leis da natureza não são físicas, são forças que atuam sobre o físico. Se elas criaram o universo, isso significa que elas são anteriores ao universo”, observa. “Coloque tudo isso junto e vai soar muito familiar. Se você ainda não percebeu, essa é a definição bíblica de Deus”.
“Até esse ponto, a ciência diz que estamos corretos”, Schroeder acrescenta. “A definição bíblica de Deus é: Deus é anterior ao tempo, está fora do tempo. Deus não é algo físico. É uma força que cria o universo. Observe que no capítulo de abertura do livro de Gênesis, o único nome para Deus é Elohim, Deus manifesto no universo. A ciência realmente descobriu o Deus da Bíblia”.
Antes de emigrar para Israel em 1971, Schroeder trabalhou sete anos na equipe do departamento de física do MIT. Como membro da Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos, ele esteve presente na detonação de seis bombas atômicas. Hoje ele tem mais de 60 publicações científicas em revistas de renome e cinco livros.
Como cosmologista, Schroeder baseou seu trabalho em perguntas intrigantes: Por que os cientistas não conseguiram criar vida? Por que há ordem para o universo? Seus estudos sobre os avanços da ciência derrubaram as teorias existentes nos anos 50 e fortaleceram os argumentos do criacionismo.
Tempo do universo
O ponto inicial do cosmo tem sido defendido pela ciência, mas a idade do universo permanece sendo uma questão sem respostas. Enquanto dados de telescópios espaciais indicam que a Terra tenha 14 bilhões de anos, alguns estudiosos da Bíblia calculam a idade do planeta em cerca de 6 mil anos.
“O tempo é descrito de maneira diferente naqueles seis dias de Gênesis”, esclarece Schroeder. “Lá, a passagem de cada dia é descrita como ‘passaram-se a noite e a manhã’, sem relação com o tempo humano. Quando chegamos à progênie de Adão, o fluxo do tempo é calculado totalmente em termos humanos”.
De acordo com as teorias de Schroeder, o primeiro dia da criação de Deus durou 8 bilhões de anos, conforme as medições da atual órbita da Terra ao redor do Sol. Ele explica que à medida que o universo se expandia, os dias se tornavam períodos menores, até que se compactasse ao tempo do homem.
As teorias de Schroeder são controversas entre cientistas que não reconhecem a existência de um Criador do universo. Mas o físico permanece explorando questões temidas por outros cientistas.
“Uma das perguntas que me fazem como cientista é: como um cientista pode realmente acreditar na existência de algo que chamamos de Deus? Uma presença metafísica que age no mundo, produzindo o mundo? A ironia é que a pergunta não faz sentido. A ciência tem de fato descoberto Deus. Mesmo quando pergunto aos ateus linha-dura, eles dizem que parece que a ciência realmente descobriu Deus”, destaca.
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