Fóssil de sapo descoberto no Brasil é indício de soterramento provocado por dilúvio

O presidente da Sociedade Criacionista Brasileira diz que é significativa do ponto de vista criacionista e aponta para o dilúvio bíblico.

Fonte: Guiame, com informações das Notícias AdventistasAtualizado: quarta-feira, 2 de setembro de 2020 às 17:28
Descoberta foi feita na Formação Crato, local para estudos geológicos no Nordeste brasileiro. (Foto: Reprodução/Science Direct)
Descoberta foi feita na Formação Crato, local para estudos geológicos no Nordeste brasileiro. (Foto: Reprodução/Science Direct)

Os restos fósseis de uma espécie de sapo de 119 milhões de anos foram encontrados na Bacia do Araripe, uma formação geológica entre os estados de Pernambuco, Ceará e Piauí, segundo uma publicação do Journal of South America Earth Science, de agosto de 2020.

A formação do Crato, local na Bacia do Araripe conhecido por seus fósseis, remete à época da Pangeia, quando todos os continentes ainda eram unidos. Os criacionistas acreditam que a ruptura da Pangeia, que deu origem aos continentes atuais, foi um dos eventos mais dramáticos do dilúvio narrado no livro de Gênesis.

O espécime encontrado foi denominado “Kururubatrachus gondwanicus”. Kururu é o nome de uma espécie de sapo existente na América do Sul; batrachus é o termo em latim para “sapo”.

O fóssil é semelhante a um grupo de sapos que vivem nos dias de hoje e que compreende cerca de 54% das espécies dos sapos modernos. 

Um dos autores da pesquisa, Federico Agnolin, cientista do Museu Argentino de Ciências Naturais, disse que o fóssil está muito bem preservado, com esqueleto praticamente completo. Isso indica que os sapos modernos já estavam presentes e bem diversificados há pelo menos 105 milhões de anos.

Indícios do dilúvio bíblico

Em artigo publicado pelo site Notícias Adventistas, o presidente da Sociedade Criacionista Brasileira, Marcos Natal, disse que “os resultados da pesquisa são significativos do ponto de vista criacionista” e apontam para dilúvio bíblico.

Um dos critérios para a formação de fósseis bem preservados é o soterramento rápido e catastrófico — os organismos devem ser soterrados logo após a morte, antes que sua carcaça seja destruída por necrófagos ou bactérias. No caso do Kururubatrachus gondwanicus, o soterramento manteve a preservação do animal e conservou, inclusive, seu conteúdo estomacal, o que é raro no registro fóssil. 

“Uma catástrofe tão violenta quanto o dilúvio bíblico certamente proporcionaria as condições necessárias e ideais para uma preservação desta natureza”, explica Natal, que é doutor em Geologia.

Evolucionismo em cheque

Outro aspecto importante da pesquisa é que, apesar de terem se passado mais de 105 milhões de anos, o anfíbio não sofreu qualquer tipo de evolução ou modificação morfológica ou estrutural. 

“Eles mantiveram praticamente as mesmas características dos anuros modernos”, destaca Natal. “Uma das características importantes da teoria da evolução é a descendência com modificações a partir de um ancestral comum. Estas modificações ocorrem quando há mudança na frequência dos genes dentro de uma população através do tempo. E as diferenças genéticas são hereditárias e podem ser transmitidas para a próxima geração, dando origem a mudanças a longo prazo”.

Outro ponto que chama a atenção de Natal é a diversificação de anuros há mais de 100 milhões de anos, enfraquecendo a teoria da seleção natural segundo a mudança de ambiente.

“Isto significa que não houve a atuação dos processos evolutivos nesses animais como prediz a teoria da evolução. E que o lapso de tempo entre a formação do fóssil e os dias atuais é muito menor que os supostos 105 milhões de anos estimados pela pesquisa”, ele aponta. 

Em conclusão, Natal afirma: “Na verdade, entendemos que Deus criou uma ampla variedade de tipos básicos para povoar a Terra há poucos milhares de anos. E que aqueles que sobreviveram à grande catástrofe do dilúvio bíblico ainda estão em nosso meio, afetados ou não por pequenas alterações ou modificações de caráter microevolutivo, portanto sem macroevolução”.

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