Gleisi Hoffmann pode ser investigada por crime contra a segurança nacional

Uma representação foi protocolada contra a senadora na Procuradoria Geral da República.

Fonte: Guiame, com informações Atualizado: quinta-feira, 19 de abril de 2018 às 14:14

Gleisi Hoffmann gravou um vídeo polêmico, no qual pede ajuda a países árabes para libertar o ex-presidente Lula da prisão. (Imagem: Exame)

O controverso vídeo publicado pela senadora Gleisi Hoffmann e enviado à Al Jazeera pedindo a ajuda de países árabes para libertar o ex-presidente Lula da prisão pode levá-la a ser investigada por crimes contra a segurança nacional.

Na última quarta-feira (18), o deputado Major Olímpio (PSL-SP) entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República e no Senado contra a senadora. O parlamentar também pediu ao Tribunal Superior Eleitoral que o Partido dos Trabalhadores (PT) seja extinto devido aos crimes cometidos no vídeo por Gleisi, que é a presidente nacional da legenda.

Major Olímpio alega que a petista teria cometido crimes contra a segurança nacional e a ordem social e política, após “incitar o mundo árabe” a “juntar-se à luta contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.

“Excelência, tal ato é gravíssimo e afronta o Estado Democrático de Direito e incide em crimes previstos na Lei de Segurança Nacional (Lei nº 7.170/73) e na Lei que tipifica os crimes contra o Estado e a Ordem Política e Social (Lei nº 1.802/53)”, destacou o deputado no documento enviado à Procuradora da República, Raquel Dodge.

Entre os crimes cometidos por Gleisi estariam: “Entrar em entendimento ou negociação com governo ou grupo estrangeiro, ou seus agentes, para provocar guerra ou atos de hostilidade contra o Brasil” (Art. 8º), com pena de 3 a 15 anos de prisão, e “Tentar submeter o território nacional, ou parte dele, ao domínio ou à soberania de outro país”, com pena de 4 a 20 anos de prisão.

Na gravação, Gleisi afirma que “o objetivo da prisão é não permitir que Lula seja candidato na eleição deste ano” e convida “a todos e a todas” a se juntarem à campanha pela libertação do ex-presidente.

A Al-Jazeera, do Catar, é atualmente a maior rede de televisão dos países árabes.

Reveja o vídeo, publicado pela senadora, clicando abaixo:

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