Governantes criticam desemprego e taxa de juros no 3º Congresso da UGT

O evento prossegue até quinta-feira (18), e deve definir a eleição e posse dos membros da executiva nacional e do conselho fiscal da UGT para os próximos quatro anos. “O objetivo é fortalecer os rumos da central para os próximos anos”, explicou Roberto de Lucena, que também é vice-presidente Nacional da UGT.

Fonte: Guiame, com informações de UGTAtualizado: quarta-feira, 17 de junho de 2015 às 15:49
Diversas lideranças governamentais marcaram presença na mesa de abertura do 3ª Congresso Nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Diversas lideranças governamentais marcaram presença na mesa de abertura do 3ª Congresso Nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT).

 

Cerca de três mil sindicalistas de todo o Brasil foram reunidos no 3ª Congresso Nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT) na noite desta terça-feira (16), no Palácio das Convenções do Anhembi, na capital de São Paulo.

Diversas lideranças governamentais, como o governador de São Paulo Geraldo Alckmin e o secretário de Turismo do Estado Roberto de Lucena, marcaram presença na mesa de abertura do evento.

Emocionado, o presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, enfatizou a importância da presença feminina nas lutas trabalhistas, homenageando não só Fafá de Belém, que no evento cantou o Hino Nacional, mas a todas as mulheres presentes. 

O evento prossegue até quinta-feira (18), e deve definir a eleição e posse dos membros da executiva nacional e do conselho fiscal da UGT para os próximos quatro anos. “O objetivo é fortalecer os rumos da central para os próximos anos”, explicou Roberto de Lucena, que também é vice-presidente Nacional da UGT.

Geraldo Alckmin aproveitou para atacar a política de juros altos praticada atualmente pelo Governo Federal, o que, na opinião dele, só prejudica os trabalhadores. “Taxa de juros alta só serve para fazer quem tem dinheiro virar rentista. Não tem o menor sentido o Brasil ter juros tão altos porque não existe inflação de demanda e, sim, de taxas. Temos que reduzi-la o mais rápido possível”.

Lutas trabalhistas

Além de pastor, deputado federal licenciado e atual secretário de Turismo do Estado de São Paulo, Roberto de Lucena representa a classe trabalhista na vice-presidência Nacional da UGT. Lucena foi indicado ao cargo no último ano, em razão de sua militância na FENAE (Federação Nacional dos Empreendedores), que representa as demandas de pequenos e micro-empreendedores de todo o Brasil.

​Roberto de Lucena integra a direção da FENAE e acompanha a luta dos pescadores artesanais, que têm se juntado à UGT para fortalecer sua representação. Entre outras bandeiras trabalhistas, o secretário também defende a não-terceirização e a integridade dos direitos previdenciários.

O vice-presidente explica que o Projeto de Lei 4330/2004, que propõe a regulamentação da terceirização, precariza a relação trabalhista, ignorando a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e tudo o que ela representa. No Congresso Nacional, Roberto de Lucena esclareceu que o seu limite no trato com o tema sempre foi a inaceitável precarização. “Limite que foi ultrapassado quando a proposta passou a tratar a terceirização não como meio, mas fim”, destacou.

Quanto às medidas provisórias 664/665, do arrocho fiscal, que mudam as regras de acesso da população a direitos previdenciários, Roberto de Lucena considerou que elas transferem para o trabalhador uma conta que não é dele, mas do governo.

“O nosso compromisso é de ter um empenho ainda maior no apoio ao trabalhismo brasileiro. Nós temos reivindicações muito justas como, por exemplo, jornada de 40 horas, equiparação salarial de algumas categorias, e a luta contra o fator previdenciário”, enfatizou Lucena.

 

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