Cerca de três mil sindicalistas de todo o Brasil foram reunidos no 3ª Congresso Nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT) na noite desta terça-feira (16), no Palácio das Convenções do Anhembi, na capital de São Paulo.
Diversas lideranças governamentais, como o governador de São Paulo Geraldo Alckmin e o secretário de Turismo do Estado Roberto de Lucena, marcaram presença na mesa de abertura do evento.
Emocionado, o presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, enfatizou a importância da presença feminina nas lutas trabalhistas, homenageando não só Fafá de Belém, que no evento cantou o Hino Nacional, mas a todas as mulheres presentes.
O evento prossegue até quinta-feira (18), e deve definir a eleição e posse dos membros da executiva nacional e do conselho fiscal da UGT para os próximos quatro anos. “O objetivo é fortalecer os rumos da central para os próximos anos”, explicou Roberto de Lucena, que também é vice-presidente Nacional da UGT.
Geraldo Alckmin aproveitou para atacar a política de juros altos praticada atualmente pelo Governo Federal, o que, na opinião dele, só prejudica os trabalhadores. “Taxa de juros alta só serve para fazer quem tem dinheiro virar rentista. Não tem o menor sentido o Brasil ter juros tão altos porque não existe inflação de demanda e, sim, de taxas. Temos que reduzi-la o mais rápido possível”.
Lutas trabalhistas
Além de pastor, deputado federal licenciado e atual secretário de Turismo do Estado de São Paulo, Roberto de Lucena representa a classe trabalhista na vice-presidência Nacional da UGT. Lucena foi indicado ao cargo no último ano, em razão de sua militância na FENAE (Federação Nacional dos Empreendedores), que representa as demandas de pequenos e micro-empreendedores de todo o Brasil.
Roberto de Lucena integra a direção da FENAE e acompanha a luta dos pescadores artesanais, que têm se juntado à UGT para fortalecer sua representação. Entre outras bandeiras trabalhistas, o secretário também defende a não-terceirização e a integridade dos direitos previdenciários.
O vice-presidente explica que o Projeto de Lei 4330/2004, que propõe a regulamentação da terceirização, precariza a relação trabalhista, ignorando a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e tudo o que ela representa. No Congresso Nacional, Roberto de Lucena esclareceu que o seu limite no trato com o tema sempre foi a inaceitável precarização. “Limite que foi ultrapassado quando a proposta passou a tratar a terceirização não como meio, mas fim”, destacou.
Quanto às medidas provisórias 664/665, do arrocho fiscal, que mudam as regras de acesso da população a direitos previdenciários, Roberto de Lucena considerou que elas transferem para o trabalhador uma conta que não é dele, mas do governo.
“O nosso compromisso é de ter um empenho ainda maior no apoio ao trabalhismo brasileiro. Nós temos reivindicações muito justas como, por exemplo, jornada de 40 horas, equiparação salarial de algumas categorias, e a luta contra o fator previdenciário”, enfatizou Lucena.
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