Governo de esquerda, Bolívia é 1º país a romper relações diplomáticas com Israel

O governo do esquerdista Luis Arce é o primeiro na América Latina a quebrar relações com Israel desde o início do conflito.

Fonte: Guiame, com informações do Terra e AFPAtualizado: quarta-feira, 1 de novembro de 2023 às 12:38
María Nela Prada, ministra da Presidência da Bolívia, e Freddy Mamani, o vice-chanceler das Relações Exteriores anunciam decisão. (Captura de tela/YouTube/AFP)
María Nela Prada, ministra da Presidência da Bolívia, e Freddy Mamani, o vice-chanceler das Relações Exteriores anunciam decisão. (Captura de tela/YouTube/AFP)

A ministra da Presidência da Bolívia, María Nela Prada, e o vice-chanceler das Relações Exteriores, Freddy Mamani, anunciaram juntos a decisão do país em romper relações diplomáticas com Israel.

Com o anúncio, o governo do esquerdista Luis Arce é o primeiro na América Latina a quebrar relações com Israel desde o início do conflito, iniciado após o grupo terrorista Hamas invadir o país e cometer atrocidades em solo israelense.

Segundo o anúncio, o motivo do rompimento diplomático é devido à operação militar em curso na Faixa de Gaza.

A Bolívia "tomou a determinação de romper relações diplomáticas com o Estado de Israel em repúdio e condenação da agressiva e desproporcional ofensiva militar que ocorre na Faixa de Gaza", declarou Mamani.

"Exigimos o fim dos ataques na Faixa de Gaza, que até agora causaram milhares de mortes de civis e o deslocamento forçado de palestinos; bem como a cessação do bloqueio que impede a entrada de alimentos, água e outros elementos essenciais à vida, violando o Direito Internacional e o Direito Internacional Humanitário no tratamento da população civil em conflitos armados", disse Prada, que atua como chanceler interina.

Segundo o The Guardian, a Bolívia também é o primeiro país do mundo a romper relações diplomáticas com Israel, como resultado do atual conflito que começou em 7 de outubro, quando o Hamas lançou um ataque violento ao território israelense no qual 1,4 mil pessoas foram mortas e outras 200 sequestradas, a maioria civis.

Atrocidades do terrorismo

No mesmo dia da invasão ao território israelense, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou guerra contra o Hamas, anunciando que seu objetivo é eliminar o grupo terrorista, que governa Gaza desde 2007.

O Hamas é considerado um grupo terrorista pela União Europeia e pelos EUA. As ações de 7 de outubro deixaram esse status claro.

Segundo imagens divulgadas pelos próprios terroristas, famílias inteiras foram mortas dentro de suas casas e de forma cruel, jovens foram assassinados enquanto tentavam fugir em uma festa de música eletrônica, crianças foram degoladas e queimadas, mulheres foram estupradas e pelo menos uma grávida teve sua barriga aberta enquanto ainda estava viva.

O exército israelense encontrou escritos em corpos de terroristas mortos que incentivam a decapitar e remover órgãos de vítimas em Israel.

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