O Tribunal de Contas da União tornou públicas investigações sobre esquema bilionário, envolvendo a ditadura cubana e governos petistas, que acarretou prejuízos de R$ 2,1 bilhões aos cofres públicos. De acordo com a denúncia do TCU, as fraudes teriam ocorrido nas administrações dos ex-presidentes Luís Inácio Lula da Silva (2002-2010) e Dilma Rousseff (2010-2015).
As denúncias envolvem suposta compra de medicamentos da ditadura cubana e inclui verba da construção de um centro de produção de medicamentos no Brasil, que nunca foi executado. Mas os pagamentos continuam sendo feitos pelo Ministério da Saúde sem a devida prestação de contas.
A ligação de Cuba com governos petistas ficou mais conhecida por causa do programa Mais Médicos, por meio do qual o governo Dilma Rousseff contratou profissionais de saúde cubanos para trabalhar no Brasil sob a alegação da falta de médicos brasileiros interessados em ocupar vagas em determinadas regiões do país.
Rompimento
Com a vitória de Jair Bolsonaro, o governo de Cuba decidiu romper o acordo entre os dois países por discordar das exigências feitas pelo presidente eleito. Bolsonaro havia anunciado que os profissionais deveriam se submeter ao Revalida – prova de verificação de conhecimentos.
O retorno dos cubanos ao país de origem abriu mais de 8,5 mil vagas no programa. Diferentemente do alegado pelo governo Rousseff, os profissionais brasileiros se inscreveram no edital lançado de forma emergencial pelo governo Michel Temer, cujas vagas foram quase todas preenchidas.
Intolerância religiosa
Cuba também é conhecida pela intolerância religiosa, especialmente contra cristãos. No poder há 50 anos, o Partido Comunista Cubano mantém restrições de cultos religiosos na ilha, embora em sua Constituição haja o “reconhecimento do direito dos cidadãos de praticar qualquer crença religiosa”. De acordo com a missão Portas Abertas, “a liberdade religiosa nesse país ainda é um desafio”.
Mesmo enfrentando grandes dificuldades a igreja cubana tem crescido. Segundo matéria publicada pela Folha de São Paulo no ano passado, “o Conselho de igrejas estima que existam 25 mil igrejas evangélicas e de outras orientações protestantes no país”.
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